Era adicionados ao leite água e ureia que contem formol.
Em depoimento ao promotor Mauro Rockenbach, em Guaporé (199 km de Porto Alegre), na serra gaúcha, Leandro Vicenzi disse que o produto transportado por ele era testado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), e que ficou sabendo da fraude por meio de uma "boataria sobre um tal pó branco" --referência à fórmula química comercializada para fraudar o produto.
Vicenzi possui um posto de recebimento de leite e uma frota de 30 caminhões, que recolhem o produto cru dos produtores e o leva até a indústria. Para o MP, ele é um dos responsáveis por misturar ureia com formol no alimento para disfarçar a adição de água, tudo para aumentar o lucro sobre a carga atravessada. Vicenzi transportava cerca de 150 mil litros de leite diariamente.
"Ele negou participação em qualquer fraude e que tivesse adicionado água com qualquer outra substância ao leite que era transportado pela empresa dele. O empresário admitiu que sempre trabalhou com honestidade, que realizava todos os testes exigidos pelo Mapa e que adequou o laboratório de análises da empresa da qual é proprietário por uma reformulação de exigências do ministério", afirmou Rockenbach.
Mesmo assim, para o promotor, está evidenciado o envolvimento do empresário no esquema. Segundo Rockenbach, o "batismo" do leite era feito na empresa de Vicenzi, que sabia do "relaxamento de algumas indústrias que não têm teste de qualidade". Outros investigados devem ser ouvidos nesta quarta-feira em Guaporé e na cidade de Ibirubá para, então, o MP encaminhar as denúncias reunidas na Operação Leite Compensado na quinta-feira, à Justiça.
Fonte: Bol Noticias
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