Dono de pizzaria se apresentou à DPCA de Aparecida de Goiânia.
Garota de 11 anos teve morte cerebral constatada no domingo (5).
O comerciante George Araújo, dono de uma pizzaria e suspeito de balear Kerolly Alves Lopes de 11 anos durante uma briga com o cliente e pai da garota Sinomar Lopes, se entregou à polícia nesta segunda-feira (6). Ele se apresentou por volta das 18h40 na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), de Aparecida de Goiânia. A informação é da delegada Marcela Orçai, titular da unidade e responsável pelas investigações do caso.
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Foto: Arquivo Pessoal da Familia. |
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O suspeito teve a prisão preventiva decretada pela Justiça no último dia 30. Como a polícia não conseguiu encontrá-lo na época, ele era considerado foragido. Após se entregar nesta segunda, o comerciante fez exame de corpo de delito e foi levado para a Delegacia Estadual de Invetigação de Homicídios (DIH). Porém, como todas as celas estavam lotadas, ele passou a noite na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia. Geroge Araújo deverá ser apresentado na manhã de terça-feira (7), na DPCA. Ele responderá por homicídio duplamente qualificado, de acordo com a delegada.
O crime
O crime aconteceu, segundo a polícia, após uma discussão por causa de uma pizza entre o dono de uma pizzaria, George Araújo, e o pai da menina Kerolly, o serralheiro Sinomar Lopes, que era cliente do estabelecimento. A vítima e a irmã Pérola Alves Lopes, de 14 anos, abraçaram o pai quando viram a arma apontada para ele. O suspeito então atirou três vezes. Dois disparos atingiram a adolescente, na perna e na cabeça. O atirador fugiu do local. Ele teve a prisão preventiva decretada e estava foragido.
Os médicos tinham explicado que a bala atravessou a cabeça dela e, por isso, o estado de saúde da garota era considerado gravíssimo. A equipe médica informou na semana passada que menos de 10% de pessoas sobrevivem a este tipo de lesão. "É bastante grave a lesão em si. E ela também está correspondendo à lesão. Ela também tem um quadro clínico bastante grave", explica Nasser Tannús, diretor técnico do Hugo.
Culpa e dor
Pai de Kerolly (foto: Reprodução/TV Anhanguera) |
Ele se emocionou e falou da angústia ao ver a filha hospitalizada. "Hoje eu queria estar no lugar dela. Queria! Eu queria ser naquela hora lá. Porque o pai mesmo é pai e herói do filho, né? Eu estou sentindo no meu coração que, naquela hora, eu não fui ninguém. Uma culpa imensa vendo aquela menina lá", desabafou o pai.
Com informações do G1.
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