Ao todo, 62 policiais saíram da unidade – que possui em torno de 100 militares.
Publicado: 18-03-2011 ás 08h56min
Jornal O Hoje
Desde a mudança no comando da Rondas Táticas Ostensivas Metropolitanas (Rotam), no último 3 de março, quando saiu o tenente-coronel Carlos Henrique da Silva e entrou o tenente-coronel Luiz Alberto Sardinha Bites, a unidade passa por reformulação. A mudança se desencadeou após possível intimidação à Organização Jaime Câmara, por homens da Rotam. Ao todo, 62 policiais saíram da unidade – que possui em torno de 100 militares (número não confirmado pelo comando da Rotam) – e foram remanejados.
Os uniformes também serão mudados: sai o preto, entra o de cor cáqui, tradicional da Polícia Militar. As viaturas serão de acordo com o padrão da PM, em que os veículos de cor preta também devem ser modificados. O Curso Operacional da Rotam (COR) – em que os policiais que desejavam entrar na unidade deveriam fazer – não existe mais. Agora, para se tornar um militar designado para a Rotam, o policial deve fazer o Curso de Patrulhamento Tático (CPT). O comando-geral da PM também pretende realizar rodízio entre os policiais nos batalhões, sendo que cada militar poderá ficar até quatro anos na unidade.
A intenção do novo comandante da Rotam, há cerca de duas semanas no cargo, é que os policiais que se formam nesta noite – em evento na Academia Militar, às 19 horas – realizem o CPT e complete a nova corporação da unidade. Caso não seja possível, haverá um concurso dentro da PM, em que – entre os desejosos de adentrar na Rotam – será traçado o perfil físico e psicológico desejado para exercer as funções específicas da unidade.
“São três turmas com 35 policiais, para completar esses 62 que estamos com déficit. O número é a mais porque alguns desistem, outros são reprovados, então tem essa diferença. Além disso, são três meses de carência para confirmar a entrada na Rotam”, afirma o tenente-coronel Bites. O comandante da Rotam espera ainda que seja possível aumentar a carência do curso para dois anos, para que os policiais possam realizar estágios e compor o batalhão após o treinamento.
Bites reitera que participará do curso de especialização dos possíveis novos militares da Rotam, “como toda a corporação”. O comandante afirma que as mudanças visam aperfeiçoar o trabalho da unidade e de toda a PM e está em consonância com as ideias do comandante-geral Raimundo Nonato de Araújo Sobrinho. Em relação ao novo trabalho, o tenente-coronel diz que, até então, foi “meio tumultuado”. “Houve a saída de alguns policiais da unidade e isso sempre causa algum estresse, mesmo que alguns saíssem por suas vontades ou porque já não atendiam o padrão físico ideal para o trabalho.”
De acordo com Bites, o remanejamento de 62 policiais se deu por causas diversas, como a vontade deles, outros por proteção deles próprios e outros ainda que não se enquadram na nova ideia para a corporação. “Muitos deles saíram contrariados, outros tristes, porque gostavam bastante da Rotam e tiveram até lágrimas nos olhos. Nós sentimos essa carga, mas agora o clima já está estável e tranquilo”, avalia. Ele revela que a corporação tem realizado atividades recreativas e esportivas para tranquilizar o ambiente e aproximar os policiais.
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