Welinton Rodrigues é acusado de participar de grupo que deu golpe na Receita Federal |
Publicação:18/05/2011 as 08h43
Por:Macloys Aquino do Jornal O Popular
O prefeito de Campinaçu, Welinton Fernandes Rodrigues (PR), o Nenzão, é, desde ontem, considerado foragido da Justiça. Ele é um dos acusados de participar de um grupo que lesou a Receita Federal em R$ 200 milhões e que estendeu fraudes a 13 cidades goianas e outros municípios nos Estados do Pará, Mato Grosso e Minas Gerais.
Nenzão teve pedido de prisão temporária decretado na última sexta-feira e até ontem ainda não havia se apresentado à Polícia Federal, que está realizando as investigações. O prefeito já havia sido denunciado pelo Ministério Público estadual (MP-GO), por improbidade administrativa.
Dez presos em Goiás e dois em Minas Gerais, acusados de integrar grupo de 62 supostos responsáveis pelas fraudes, foram colocados em liberdade na tarde de ontem. Eles ficaram presos temporariamente por cinco dias. Todos foram ouvidos pela Polícia Federal, que entendeu não haver necessidade de prorrogação do tempo de prisão.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências de 11 prefeitos e de 1 vereador - 9 em Goiás e 2 no Mato Grosso. O delegado de Repressão a Crimes Fazendários, Rodrigo de Lucca Jardim, acredita que a organização pode ter atuado em 35 prefeituras goianas, 8 no Pará, 6 no Tocantins e 4 no Mato Grosso.
A Operação Apate, da PF, foi desencadeada na última sexta-feira e prendeu 13 pessoas, 10 delas em Goiás. Apenas Nenzão ainda não foi preso. A operação teve início a partir de pedido de fiscais da Receita Federal em Goiás, no primeiro semestre de 2010. O esquema começou em Minaçu e se espalhou, inicialmente, para cidades próximas.
O esquema consistia em retificar a Declaração de Imposto Retido na Fonte (Dirf), emitida apenas por fontes pagadores (Estados, municípios, empresas). Os fraudadores inchavam as declarações com centenas de beneficiários fictícios, que eram restituídos por rendas que nunca geraram.
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