POLÍTICA: 'Bandido bom é bandido morto', diz deputado estadual de Goiás

POLÍTICA: 'Bandido bom é bandido morto', diz deputado estadual de Goiás


'Na minha opinião, eu não teria meio termo com eles', diz Túlio Isac.
Presidente dos Direitos Humanos diz que declaração vai contra a democracia.



06/12/2011 às 17h54
Do G1 - Goiás
Em entrevista na manhã desta terça-feira (6) à rádio CBN Goiânia, o deputado estadual Túlio Isac (PSDB) causou polêmica ao se referir ao tratamento que pretende dar a bandidos, caso vença as eleições para a prefeitura da capital: “Bandido bom, para mim, é bandido morto. Eu colocaria em Goiânia uma Guarda Municipal treinada pela Rotam ou pelo Bope. Eu jogaria duro com o bandido. Na minha opinião, eu não teria meio termo com eles. Não tem essa conversa de ficar achando que você tem que tratar o bandido como trata o cidadão”, diz.

Pré-candidato à prefeitura de Goiânia pelo PSDB, o deputado Túlio Isac disse, em entrevista ao G1 na tarde desta terça-feira, que não teme uma repercussão negativa da declaração em sua pré-campanha. "Estou expressando uma revolta popular", afirmou.
Para o deputado, líder do partido na Assembléia Legislativa, não adianta dar chance a pessoas que não querem se recuperar. "Tem bandido que simplesmente não quer mudar de vida e não vai pensar duas vezes antes dar um tiro em um cidadão de bem", justificou.

Polêmica
O comandante da Guarda, João Augusto França Neto, disse que os guardas já estão sendo treinados pela Polícia Federal, que é o órgão competente, para o uso de armas.

Sobre a declaração do deputado de que “bandido bom é bandido morto”, João França Neto disse que a guarda não concorda com esta filosofia de trabalho e que a intenção é integrar as outras forças da segurança pública para proteger o cidadão de bem.

Para o presidente da comissão de Direitos Humanos, Alexandre Prudente Marques, o deputado demonstra total desconhecimento da constituição e legislação brasileira porque o papel da Guarda Municipal é vigiar prédios públicos e não tem função policial específica para combate à criminalidade. Segundo ele, a declaração atenta contra o estado democrático, já que não há pena de morte no brasil.

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