GOIÁS: Henrique Arantes se defende das acusações do MP

GOIÁS: Henrique Arantes se defende das acusações do MP



De acordo com o secretário, algumas das irregularidades apontadas na ação que pediu seu afastamento do cargo não chegam sequer a existir





13/03/2012 às 08h28
Déborah Gouthier do Jornal Opção

Após pedido de afastamento do cargo à frente da Secretaria Estadual de Cidadania e Trabalho, Henrique Arantes (PTB) esclareceu ao Jornal Opção as supostas irregularidades na pasta. Acusado pelo MP-GO (Ministério Público Estadual) por ineficiência e omissão na gestão e manutenção das unidades de internação de menores infratores, o secretário declarou que o problema do promotor de Justiça Alexandre Mendes Vieira, que assina a ação, deve ser diretamente com ele, já que a maioria dos itens questionados não está sequer com os problemas citados.

De acordo com Henrique Arantes, a única falha condizente apresentada pelo MP é em relação à compra de medicamentos para os adolescentes que cumprem medida socioeducativa. “Esses remédios são adquiridos pelo fundo rotativo, que estava paralisado por falta de empenho e orçamento. Mas não esse empenho que é ‘vontade’ não, empenho em relação aos valores que faltavam”, explicou, concluindo que essa questão foi resolvida durante esse final de semana. “A Segplan [Secretaria Estadual de Gestão e Planejamento] faz a divisão e libera o orçamento, que estava sendo segurado até janeiro, mas agora conseguimos. É burocracia demais.”

Problema similar foi o de pequenos reparos como soldas e equipamentos quebrados, que também precisam de liberação de orçamento do fundo rotativo. Quanto aos grandes reparos e consertos nas unidades, ele declarou que isso envolve construções e outros detalhes que também precisam de autorização da Segplan. “Temos processos em andamento referentes a todas as unidades para que sejam reformadas. Então, não é omissão”, alegou.

Sobre a compra de produtos de higiene e limpeza, Arantes informou que essas aquisições dependem de licitação, de modo que a última já foi finalizada e uma nova foi encaminhada na última sexta-feira, 9. O secretário também afirmou que, atualmente, há um carro para cada unidade de internação. “Não entendo porque ele alegou isso, sendo que não tem problemas aí.”

Henrique Arantes declarou que, além dos questionamentos da ação que já estão sendo solucionados, a secretaria ainda realiza algumas ações como a compra de novos produtos que são constantemente deteriorados pelos jovens internos e a elaboração de curso de aperfeiçoamento a ser ministrado aos servidores. Também foi feita, recentemente, uma nova licitação para construção de um CAS (Centro de Atendimento Socioeducativo) em Anápolis, no valor de R$ 9 milhões, e um pedido de prorrogação do último concurso da pasta, para que sejam convocados novos servidores.

“Ele fala de ineficiência e falta de vontade, então deve ser comigo o problema dele. Porque as coisas estão acontecendo e muitas das coisas questionadas não tem nenhum problema. Há, inclusive, investimentos que há anos não eram resolvidos, como a construção de novas unidades”, contestou o secretário, que estava notadamente incomodado. Ele também questionou o fato de a imprensa ter sido notificada pelo MP sobre a ação antes mesmo da secretaria e do Estado.

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