Vítimas eram pessoas simples; algumas pagaram R$ 10 mil, diz polícia.
Segundo Ministério Público, advogada de Brasília era cúmplice da suspeita.
08/03/2013 às 21h10
Uma mulher de 32 anos teve a prisão preventiva decretada por exercer a função de advogada sem possuir o registro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Formosa, no Entorno do Distrito Federal.
Ela também teve os bens bloqueados pela Justiça, em fevereiro. A suspeita vai responder por falsidade ideológica e estelionato, podendo pegar até cinco anos de prisão por cada golpe aplicado.
De acordo com o Ministério Público de Goiás, a mulher contava com a ajuda de uma advogada de Brasília, que emprestava a inscrição dela da OAB, secção do Distrito Federal. Essa profissional também vai ser investigada pela Polícia Civil.
Segundo o delegado Antônio Costa, que investiga o caso, a falsa advogada já havia sido presa em 2011 pelo mesmo motivo. Após ser liberada, voltou a aplicar o golpe, porém, de forma mais audaciosa, passando a atender aos clientes em casa, afirma a Polícia Civil. Até o momento, pelo menos 37 vítimas procuraram a delegacia, sendo que a maioria era pessoas humildes, conta Antônio Costa. Segundo o delegado, houve vítima que pagou quase R$ 10 mil pelo serviço da suposta advogada.
Antônio Costa comentou que a estelionatária se aproveitava de circunstâncias extremamente favoráveis. " Uma senhora a procurou porque o marido não pagava pensão alimentícia. A gente sabe que dívida alimentícia dá cadeia. Só que ela dizia 'se você me arrumar tanto, seu marido vai preso'. Com um argumento desse, a pessoa move mundos e fundos para conseguir o dinheiro", relata o delegado.
Além da promotoria, a subsecção de Formosa da OAB também denunciou a mulher. O presidente da entidade local, Marco Aurélio Azevedo, ressaltou que é preciso ter cuidado antes de contratar um advogado.
Fonte: Portal G1
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