Família recebeu proposta de emprego a 431 km de Cabeceiras que acabou não dando certo.
Amigos pediram ajuda na Rádio Interativa FM e conseguiram doações para trazê-los de volta.
01/03/2013 às 17h19
Uma família da comunidade Cabeceira da Mata – Município de Cabeceiras (GO) – localizada aproximadamente 16 km do centro da cidade, está vivendo um drama em Santa Tereza de Goiás (GO), município que fica a 38 km de Porangatu (GO) e a 431 km de Cabeceiras.
A história começa no ano de 2009, o senhor Geraldo Lourenço Dos Santos, 50 anos, até então desempregado, recebeu uma oferta de emprego de um homem conhecido apenas por André, para trabalhar em uma carvoaria em uma fazenda próximo a Santa Tereza, a sua esposa a dona de casa Luzia Dos Santos, 33 anos, também recebeu o convite para trabalhar como cozinheira na mesma carvoaria. Segundo Luzia, o seu esposo iria receber um salário de R$ 817 reais mensal com carteira assinada e ela um salário mínimo, na época R$ 465 reais, também com carteira assinada, mas ainda segundo a dona de casa, que até então estava trabalhando em uma lanchonete em Cabeceiras, o emprego não vingou, durou apenas dois meses e os problemas começaram a surgir. “O contratante ficou devendo os dois meses e não foi fácil encontrá-lo para receber e dar baixa na carteira”, contou Luzia que ainda completa, “perdemos algumas oportunidades de emprego nesse tempo que a carteira de trabalho do meu marido estava sem dar baixa, algumas fazendas e empresas nos ofereceu emprego com carteira assinada, mas a gente não estava com a carteira livre para ser assinada novamente”.
Durante os quatro anos sem emprego fixo e contando apenas com o bolsa família (benefício do governo federal) no qual sobrevivia com apenas R$ 252 reais para pagar aluguel, água, luz, despesas da casa, farmácia e o sustento dos oito filhos, a situação veio a piorar nos últimos dias quando pediu que seu esposo fosse até um caixa eletrônico para sacar o benefício, e para surpresa de todos, estava disponível apenas R$ 38 reais. Diante da situação, dona Luzia e seu esposo Geraldo recorreram aos amigos da comunidade Cabeceira da Mata para pedir ajuda e voltar para cidade de origem.
Na manhã de quinta – feira (28), a moradora da comunidade, dona Maria Rocha e a dona de uma lanchonete em Cabeceiras e ex-patroa de Luzia, dona Sinhá, procuraram a produção do Programa Alô Cabeceiras, apresentado por Byn Wanderson na Interativa FM para participar do quadro “Preciso de Ajuda”, quadro esse que acompanha a emissora desde a sua fundação, ou seja, há 13 anos. Muito emocionadas e aflitas por tentar outras formas de buscar os amigos daquela cidade e não obterem sucesso, o caso foi ao ar, e como sempre a população se sensibilizou e doaram R$ 700 reais para ajudar no transporte que também foi doado por um morador da cidade para buscar alguns móveis (já que a maioria foi vendida para comprar alimentos) e a família de 10 pessoas.
A volta ainda não tem data definida, mas segundo Maria Rocha, na próxima semana no máximo eles devem voltar para Cabeceira da Mata, onde ainda segundo Rocha, uma casa já está pronta à espera da família. A Interativa FM irá acompanhar para mostrar o desfecho dessa história.
Sobre o contratante, a equipe do site da Interativa não conseguiu contato, mas está disponível para o mesmo caso queira comentar sobre o assunto.
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