BRASÍLIA: Prefeitos reunidos no DF vaiam ausência de Dilma em evento.

Além da presidente Dilma, Renan Calheiros presidente do Senado também não compareceu na cerimônia de abertura do evento.

Começou hoje (9) em Brasília a 14ª Marcha dos Prefeitos que cobram do governo mais recursos para os municípios, cujo tema é “O Desequilíbrio Federativo e a Crise nos Municípios”. Com cerimônia de abertura marcada para às 9h30 da manhã, a peça principal do evento não compareceu. Os prefeitos vaiaram a ausência presidente Dilma Rousseff na cerimônia de abertura do encontro.

A participação da presidente na solenidade era esperada, como é tradição em todas as edições recentes da marcha, em que milhares de prefeitos vão à capital federal cobrar medidas em apoio aos municípios.

O Presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski, responsável pelo evento, disse nesta segunda – feira (8) que a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) lhe telefonou por volta das 22h30 para comunicar que a presidente Dilma não participaria mais da solenidade de abertura, mas que iria ao evento na quarta-feira (10).

Após anuncio de que a presidente não estaria na abertura do evento, grande parte dos prefeitos começou a vaiar. Diante a atitude dos prefeitos, Ziulkoski se incomodou e cobrou respeito à presidente, anunciando que ela viria no dia seguinte. "Eu não vejo razão nenhuma de raiva", disse o presidente da CNM aos prefeitos, afirmando que a mudança na programação de Dilma foi comunicada a ele às 22h30 de ontem. "Sei que um ou outro está indignado, mas temos que agir como democratas. Não podemos agir pela emoção."

Um dos prefeitos que estava na platéia gritou "Então vamos embora, vamos pra casa”.

Não foi apenas Dilma que faltou na cerimônia de abertura. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) que também tinha presença prevista não compareceu.

Na edição do ano passado, Dilma também foi vaiada pelos prefeitos. Na ocasião, ela discursava na abertura do evento e falava sobre a divisão das receitas dos royalties do petróleo - um dos temas sensíveis na pauta dos prefeitos à época. Depois, a presidente chegou a falar com dedo em riste com Paulo Ziulkoski.

Com informações da Folha de S. Paulo