O cantor e sanfoneiro José Domingos de Morais, o Dominguinhos, faleceu nesta terça-feira (23), às 18h, de acordo com o último boletim oficial divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês. O cantor lutava contra um câncer de pulmão há sete anos. Dominguinhos estava internado desde 17 de dezembro, com um quadro grave de pneumonia. No dia 13 de janeiro, a pedido da família, o músico foi transferido para o Sírio-Libanês, em São Paulo. De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, ele faleceu em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas.
Dominguinhos nasceu na cidade paraibana de Garanhuns em 12 de fevereiro de 1941. Com apenas oito anos, conheceu Luiz Gonzaga. Aos 13 anos e já morando no Rio de Janeiro, ganhou do Rei do Baião a sua primeira sanfona. A partir daí, a relação musical e de amizade entre os dois começa a se intensificar. Tocaram juntos diversas vezes. Dominguinhos teve Gonzagão como mestre e ajudou a espalhar o forró tradicional pelo país.
Além do forró, xote e xadado, o distinto sanfoneiro trazia influências de ritmos como a bossa nova, o choro e o jazz. Essa versatilidade o levou a tocar em diferentes lugares do Rio de Janeiro, desde churrascarias a hotéis e cassinos. Em 1967, entrou para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro e ganhou projeção nacional. Foi neste mesmo ano que gravou seu primeiro disco, intitulado 'Fim de Festa'.
Além de ser um cantor e músico com notável respeito do público e de outros artistas – chegou a se apresentar e gravar com Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia – foi também um requisitado compositor. Assina canções como 'Tantas Palavras', ao lado de Chico Buarque; e 'De Volta para o Aconchego', com Nando Cordel em gravação de Elba Ramalho.
Ao longo de sua carreira, Dominguinhos lançou mais de quarenta discos. Entre os prêmios que recebeu, estão dois Grammys Latinos pelo CDs Chegando de Mansinho (2002) e Iluminado (2012); e o Prêmio Shell de Música (2010).
A última apresentação de Dominguinhos foi no dia 13 de dezembro do ano passado, na cidade natal de Luiz Gonzaga (Exu, em Pernambuco) para celebrar o centenário do Rei do Baião.
Fonte: Agência Brasil
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