STF adiou júri após pedido da defesa para transferência de local.
Um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) adiar o julgamento de quatro réus da "chacina de Unaí", que seria realizado a partir desta terça-feira (17), em Belo Horizonte, representantes do Ministério Público Federal (MPF) se disseram surpresos com a decisão do ministro Marco Aurélio Mello. O adiamento foi determinado após um pedido da defesa de Norberto Mânica, acuado de ser o mandante, que quer que o julgamento seja feito na cidade do Noroeste de Minas. O MPF, entretanto, vai insistir para que os réus sejam julgados na capital mineira.
A chacina ocorreu em 2004. Quatro servidores do Ministério do Trabalho morreram enquanto apuravam denúncia de trabalho escravo na região de Unaí. Nesta terça-feira, seriam julgados três réus, além de Norberto Mânica, que é irmão de Antério Mânica, réu no caso e ex-prefeito de Unaí. A procuradora Mirian Moreira Lima argumenta que, caso o júri ocorra na cidade onde foi a chacina, os jurados poderiam ser influenciados. “Um dos réus [Antério Mânica] foi eleito com 76% dos votos, foi reeleito, e é esse o lugar [Unaí] onde eles pretendem ser julgados. Certamente, poderia haver uma absolvição naquele local”, avalia.
Para o ministro do STF, o adiamento foi necessário para que se evite uma "atividade judiciária inútil", já que a Primeira Turma do STF terá que decidir sobre em qual cidade o caso será julgado. A previsão é de que o colegiado, formado por cinco ministros do Supremo, decida sobre o caso em 1º de outubro.
No fim de agosto, três acusados de executar as mortes dos servidores foram condenados. Eles pegaram entre 56 anos de prisão e 94 anos de detenção pelas mortes dos auditores fiscais Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonsalves, e do motorista do Ministério do Trabalho Aílton Pereira de Oliveira.
Ao todo, o processo tinha nove réus, mas um deles, acusado de ter contratado os matadores, morreu no começo deste ano. O júri de Antério Mânica, também apontado como mandante, ainda não foi marcado.
Fonte: G1
Julgamento de Norberto Mânica foi adiado. Foto: Reprodução/TV Globo Minas |
A chacina ocorreu em 2004. Quatro servidores do Ministério do Trabalho morreram enquanto apuravam denúncia de trabalho escravo na região de Unaí. Nesta terça-feira, seriam julgados três réus, além de Norberto Mânica, que é irmão de Antério Mânica, réu no caso e ex-prefeito de Unaí. A procuradora Mirian Moreira Lima argumenta que, caso o júri ocorra na cidade onde foi a chacina, os jurados poderiam ser influenciados. “Um dos réus [Antério Mânica] foi eleito com 76% dos votos, foi reeleito, e é esse o lugar [Unaí] onde eles pretendem ser julgados. Certamente, poderia haver uma absolvição naquele local”, avalia.
Para o ministro do STF, o adiamento foi necessário para que se evite uma "atividade judiciária inútil", já que a Primeira Turma do STF terá que decidir sobre em qual cidade o caso será julgado. A previsão é de que o colegiado, formado por cinco ministros do Supremo, decida sobre o caso em 1º de outubro.
No fim de agosto, três acusados de executar as mortes dos servidores foram condenados. Eles pegaram entre 56 anos de prisão e 94 anos de detenção pelas mortes dos auditores fiscais Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonsalves, e do motorista do Ministério do Trabalho Aílton Pereira de Oliveira.
Ao todo, o processo tinha nove réus, mas um deles, acusado de ter contratado os matadores, morreu no começo deste ano. O júri de Antério Mânica, também apontado como mandante, ainda não foi marcado.
Fonte: G1
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