CIDADES: Superlotação em presídio de Planaltina resulta em liberação de suspeito de assassinato.

CIDADES: Superlotação em presídio de Planaltina resulta em liberação de suspeito de assassinato.


Um homem suspeito de estupro e assassinato foi liberado pela Justiça após passar cerca de 40 dias preso em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. O motivo seria a superlotação no presídio da cidade e, segundo a decisão do juiz Carlos Fernandes de Morais, as investigações sobre o crime ainda não foram concluídas.

Lourdete Xavier. Foto:
Reprodução/TV Anhanguera
O suspeito foi preso em flagrante pela morte de Lourdete Xavier, de 53 anos, em meados do último mês de agosto. Segundo a polícia, a vítima e uma neta de quatro anos flagraram uma tentativa de roubo na casa em que moravam e foram atacadas pelo homem. Ele estuprou e matou a mulher a facadas, além de tentar esganar a criança, que sobreviveu.

O criminoso foi capturado horas depois e reconhecido por testemunhas. Em seguida, foi levado para o Presídio de Planaltina de Goiás, onde ficou em reclusão até o último dia 24. Nesta data, foi expedida a liberdade provisória e o juiz destacou que a penitenciária já estava com a capacidade máxima, de 136 detentos.

Familiares e amigos da vítima ficaram indignados com a soltura do suspeito. “Esse argumento de que o presídio está lotado não é culpa nossa. O Estado é quem deve tomar providência e manter essas pessoas presas e longe da gente”, disse uma mulher, que não quis se identificar.
Nota da OAB. Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou que a liberação do suspeito expõe a situação caótica em que se encontra o sistema prisional do país, principalmente do estado, que hoje tem déficit de cerca de quatro mil vagas em cadeias.

Neste ano, segundo a OAB, foram vistoriados presídios das cidades de Senador Canedo, Silvânia, Jataí, Orizona, Inhumas, Flores de Goiás, Formosa, Aparecida de Goiânia e o Centro de Internação de Menores, na capital. Nas ocasiões, foram constatadas diversas irregularidades, como a falta de atendimento médico, estrutura sanitária precária e presos que ficavam mais de 18 horas sem receber alimentação.

Fonte: G1

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