FUTEBOL: Motorista do Formosa muda versão e confessa em depoimento o uso de crack

Do Super Esportes

Foto: Reprodução / TV Globo

Após sete horas de depoimento na 12ª DP, o motorista que transportava as chuteiras dos jogadores do Formosa mudou a primeira versão e disse que não foi obrigado a beber. Pressionado pelos investigadores, Charles Amâncio confessou o uso de crack na noite de sexta-feira, véspera do jogo contra o Brasília, mas manteve a versão de que foi sequestrado no sábado (18). Os investigadores, contudo, não estão convencidos do cárcere e continuam à procura de provas.

Na sexta-feira à noite, após deixar os jogadores no hotel, Charles teria ido para um bar no centro de Taguatinga por vontade própria. Conforme contou em depoimento, foi abordado por um usuário de drogas que o convenceu a fumar crack, substância na qual já foi viciado.

Depois de se drogar, Charles teria continuado dirigindo o ônibus do time pela cidade atrás de mais entorpecente. O motorista encontrou Sícero Aparecido de Alencar, suspeito identificado pela polícia nesta segunda-feira, após ser denunciado pela sogra, que encontrou pares de chuteira em casa. Charles contou que ele e o homem de 43 anos foram até Águas Lindas comprar mais drogas.

O motorista do Formosa descartou a versão na qual disse ter sido obrigado a beber e afirmou que não havia armas na ação de Sícero, desmentindo a primeira versão. Ainda assim, manteve o suposto sequestro e sustentou que o homem roubou objetos — entre eles, as chuteiras, trocadas por drogas.

Foto: Super Esportes

Caso a polícia confirme a hipótese de que Charles não tenha sido sequestrado, o motorista pode ser indiciado por denunciação caluniosa (4 a 12 anos) e apropriação indébita (1 a 4 anos de prisão). Sícero, que já tinha um mandado de prisão por porte de arma, continua foragido.