GOIÁS: Faeg doa vacina contra febre aftosa para comunidades carentes

GOIÁS: Faeg doa vacina contra febre aftosa para comunidades carentes



Com a doação de 19 mil doses contra a febre aftosa, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) participou, nesta quarta-feira (30), do lançamento da 1ª Etapa Anual da Campanha de Vacinação dos rebanhos bovino e bubalino contra a febre aftosa. A doação foi feita à Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e será repassada às comunidades carentes, entidades e instituições de assistência social e de pesquisa. Segundo o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, a doação é necessária para que “Goiás tenha convicção absoluta que todo o rebanho está totalmente coberto com a vacina”.

(Foto: Larissa Melo)
Schreiner disse ainda que a vacinação é um serviço de defesa agropecuária que atinge todo o Brasil devido a grande influência da economia goiana. “Há duas semanas conseguimos garantir mais R$100 milhões do orçamento geral da União para o setor agropecuária e isso prova que a cada dia, com muito trabalho e dedicação, conquistamos um espaço maior no cenário econômico”.

José Mário falou também sobre a importância de um esforço conjunto para que todo o Brasil consiga chegar a um estado sanitário igual e homogêneo. “Se tentarmos dar um passos para frente sozinhos, podemos estar dando três passos para trás”.

Para o presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Ricardo Yano, a parceria entre produtor e governo resulta em uma confiabilidade muito grande ao estado no quesito pecuária. “Os investimentos e todo o cuidado é sinal de que acreditamos no agronegócio brasileiro. A vacina representa um produto de qualidade”, disse Yano.

Doação
O presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira, recebeu doses simbólicas das mãos de José Mario e agradeceu a parceria. A entrega aconteceu na Fazenda Engil em Terezópolis de Goiás.

O secretário de Agricultura e Pecuária (Seagro), Antônio Flávio de Lima, também alertou sobre a importância da doação dizendo que um único caso de aftosa em Goiás é o suficiente para causar danos a todos os produtores, a economia do estado e a população como um todo. “A vacinação é uma responsabilidade inclusive civil de quem possui rebanho em Goiás”, pontuou.
Antenor Nogueira aproveitou a ocasião para falar sobre a evolução da Agrodefesa que vem investindo em tecnologia e meios para fiscalizar a vacinação em todo o território goiano. “A meta da Agrodefesa é vacinar 100% do rebanho”.

A Agrodefesa lançou uma cartilha que traz o passo a passo de como o produtor pode fazer a declaração de vacinação pela internet. O material será distribuído, gratuitamente, nas casas agropecuárias de todo o estado e nos Sindicatos Rurais (SR).

Fim da vacina
No início do mês de abril representantes da Faeg e do setor se reuniram para debater a proposta de fim da vacinação contra a febre aftosa. Entre pontos negativos e positivos que poderiam atingir os criadores de gado de corte, leite e suínos, dentre outros, e consequentemente à economia goiana como um todo, ficou definida a continuidade da vacinação contra aftosa em Goiás.

A proposta foi apresentada pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seagro) e pela Agrodefesa. “Partir para o status de zona livre de aftosa sem vacinação é algo que todos os produtores esperam ansiosamente, haja visto que já estamos há 18 anos sem foco da doença. Mas, para países como a Coréia e o Japão, não basta que apenas Goiás não vacine mais. Precisaríamos fazer um esforço muito grande para que todo o Brasil estivesse num mesmo status de zona livre da aftosa”, explica o presidente da Faeg, José Mário Schreiner.

Antônio Flávio de Lima disse que a Seagro segue trabalhando junto às entidades ligadas ao setor agropecuário para identificar alternativas que torne viável o fim da vacinação. “A intenção é dar continuidade a segurança alimentar que Goiás tem hoje, mas também dar uma vantagem competitiva e mercadológica aos produtores”.

Colaboração, Michelle Rabelo

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