Os policiais civis, federais e rodoviários de mais de 10 estados e do Distrito Federal vão fazer uma paralisação de 24 horas, nesta quarta-feira (21). Mas de acordo com o sindicato do setor, a população vai contar ainda com 30 por cento desses servidores. O movimento que é liderado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis, a Cobrapol, tem o objetivo de pressionar o governo federal a criar uma política de segurança pública que se preocupe também em melhorar as condições de trabalho da força policial. Outro ponto a ser abordado na manifestação vai ser a busca por um nivelamento de salário dos policiais em todo o país. Segundo o presidente da Cobracol, Jânio Bosco Gandra, a paralisação também vem para chamar a atenção do governo brasileiro para os baixíssimos índices de efetividade da polícia.
"Essa falta de legislação, essa falta de uma implementação de uma política nacional por parte do governo central no nosso entender faz com que as polícias continuem com esses índices baixíssimos de solucionabilidade dos delitos, dos crimes e consequentemente passa essa sensação de insegurança."
Segundo a Confederação, os policiais militares de todos os estados e do DF não vão parar devido à lei que proíbe a greve entre militares. Mas eles prometem que ainda neste mês de maio vão realizar uma assembleia para decidir quais medidas vão ser tomadas pela categoria. Apesar do grande número de policiais que aderiram à essa movimentação, o sociólogo e pesquisador da UnB, Antônio Flávio Testa, afirma que a paralisação não vai gerar muito impacto para a sociedade.
"Pode acontecer numa ou outra cidade manifestações, mas a reação será instantânea. Então, claro que a criminalidade, também, vai ter que tomar cuidado para cometer essas atrocidades. Se houver uma greve que gere desconforto para a população, as forças armadas vão entrar em ação e preservar a segurança pública."
Estão confirmados na manifestação os policiais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Amazonas, Pará, Paraíba, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rondônia e Bahia. Alagoas também havia confirmado participação, mas voltou atrás. Apenas o Maranhão, Rio Grande do Sul, Paraná, Amapá e o Ceará vão continuar com 100% do efetivo nas ruas.
Goiás
O sindicato informou que fará uma reunião na quarta para decidir sobre eventuais protestos e paralisação.
Reportagem, Victor Maciel / Agência do Rádio
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