A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou hoje (8) que a epidemia de febre hemorrágica pelo vírus ébola, registrada em pelo menos quatro países da África Ocidental, é emergência de saúde pública de alcance mundial.
(Foto: Reuters) |
A epidemia de ébola, que já causou a morte de cerca de mil pessoas desde o início do ano, com mais de 1.700 casos suspeitos, é a mais mais grave das últimas quatro décadas, destacou Chan. Ela disse que os países da África Ocidental mais atingidos - Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e Nigéria - não têm meios para responder sozinhos à doença e pediu à comunidade internacional que forneça o apoio necessário.
A comissão alertou que os Estados devem estar preparados para detectar e tratar casos de ébola, além de facilitar a retirada de cidadãos, em particular pessoal médico, que estiveram expostos ao vírus da febre hemorrágica. A comissão lembrou que os chefes de Estado dos países afetados devem "decretar estado de emergência" e "dirigir-se pessoalmente à nação para fornecer informações sobre a situação".
O responsável da OMS para a epidemia, Keiji Fukuda, adjunto de Margaret Chan, disse que a quarentena de pessoas suspeitas de infecção deve ser 30 dias, já que o tempo de incubação é 21 dias. As pessoas que estiveram em contato com os doentes, à exceção do pessoal médico equipado com roupa protetora, não devem ser autorizadas a viajar.
Keiji Fukuda lembrou ainda que as tripulações de voos comerciais, que se desloquem a países afetados, devem receber formação específica e material médico para proteção pessoal e dos passageiros. "Impedir as companhias aéreas de viajar para esses países iria afetar a sua economia", observou Chan.
A comissão recomendou também que todas as pessoas que saiam de países afetados sejam examinadas nos aeroportos, portos e principais postos fronteiriços, mediante um questionário e medição da temperatura, devendo ser impedidos de viajar quaisquer casos suspeitos.
(Foto: Seyllou / AFP) |
Da Agência Brasil
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