Nove homens detidos na Delegacia de Polícia Civil de Planaltina (GO), entorno do Distrito Federal chegaram a ser levados para o presídio de Flores de Goiás, na região Nordeste do Estado nesta quarta-feira (17) com a promessa de vaga na unidade. A locomoção foi realizada depois que a Justiça determinou o prazo de 48 horas para que o Estado efetuasse o procedimento.
A juíza local, porém, recusou os presos e, depois de horas de viagem, eles retornaram para a Centro Integrado de Operações Integradas (Ciops). O delegado titular, Cristiomário Medeiros, recusou-se a receber os detentos. Eles foram encaminhados para a cadeia pública do município. Com essa medida, a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária e Justiça de Goiás (Sapejus) descumpre a ordem judicial de interdição da prisão.
Desde que a cadeia pública da cidade foi interditada pela Justiça, os presos em flagrantes pela Polícia Civil que, até então, eram encaminhados para lá, passaram a ficar reclusos na delegacia local. Também sem condições de receber novos detentos, a unidade tem os mesmos problemas da prisão: falta de estrutura física. A cela é pequena e não tem luz, nem água.
Com base nisso, a Vara de Execução Penal da cidade surpreendeu os moradores de Planaltina de Goiás determinando a soltura de seis presos, em 25 de agosto. Desde a interdição, 20 homens retornaram às ruas devido as condições subumanas da carceragem.
Ainda no período da manhã, os presos foram retirados da delegacia. A promessa do sistema prisional goiano era de que as vagas seriam garantidas na prisão de Flores de Goiás, a 200 km da cidade. Ao chegar na unidade, a diretoria do presídio não recebeu os nove homens, porque a Vara de Execução Penal da cidade recusou a entrada dos criminosos.
Sem lugar para enclausurar os presos, agentes da Polícia Militar que faziam o transporte dos detidos retornaram com eles para o Ciops, mas a devolução não foi aceita. “Agora esses homens são de responsabilidade do sistema prisional goiano. Não podemos recebê-los novamente. Somente se a Justiça assim determinar”, explicou Cristiomário Medeiros, delegado titular.
Além disso, três homens que haviam sido transferidos para Flores de Goiás, na terça- feira (16/9), também podem ser devolvidos hoje (18). Caso, o governo de Goiás não disponilize vagas para esses presos, a Vara de Execução Penal deve determinar a liberdade deles, independentemente do crime cometido.
Fonte: Correio Web
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