Lixão em Cabeceiras (Foto: Arquivo / Interativa FM) |
Cabeceiras é um dos municípios que não conseguiu acabar com o lixão, que tem uma preocupação a mais para a administração da cidade. O bairro Ênis Machado fica a cerca de 500 metros do local onde é depositado e lixo, e os moradores tem se queixado frequentemente devido ao mal cheiro e a grande quantidade de moscas nas suas casas.
Diego Bergamaschi (Foto: Fausto Sandoval) |
O coordenador do Corsap, Diego Bergamaschi disse estar confiante na parceria com a prefeitura para extinção do lixão no município. "A prefeitura tem mostrado muita disposição, nós vamos oferecer toda equipe técnica necessária para que a gente possa resolver. Não vai ser fácil, não dá para dizer que vai se resolver do dia para noite ou mês que vem. Mas dá para dizer que a gente está tentando no maior processo possível resolver a situação do município", explicou Bergamaschi.
Prefeito Antônio Cardoso (Foto: Fausto Sandoval) |
Cardoso garante que vai acabar de vez com o lixão que foi construído no setor industrial do município. "O lixão de cabeceiras não vai existir. Primeiro, porque o setor Ênis Machado ali próximo, é um bairro que almeja uma prosperidade bastante crescente com as famílias que estão habitando ali, e está muito próximo daquele lixo. E segundo, que aquele lixão ali foi criado num momento sem pensar, porque na realidade, aquela área ali é o setor industrial da cidade. Não pode jamais existir aquele lixão ali", destacou Antônio Cardoso.
Projeto sobre Resíduos Sólidos é vetado.
O presidente em exercício Michel temer vetou a emenda do Projeto de Lei de Conversão nº 15, da Medida Provisória 651/14, aprovada pelo Congresso Nacional após um amplo debate com representantes dos municípios, que dava a estados e municípios prazos até 2018 para fechar os lixões e até 2016 para elaborar os planos estaduais e municipais de resíduos sólidos. Esses planos são requisitos para que estados e municípios recebam dinheiro do governo federal para investir no setor.
Cleudes Baré (Foto: Reprodução / AGM) |
No veto, Temer disse que “a prorrogação de prazos, da forma como prevista, contrariaria o interesse público, por adiar a consolidação de aspecto importante da Política Nacional de Resíduos Sólidos”.
Cleudes Baré não concorda com a argumentação que, segundo ele, não convence. “Lamentavelmente o Governo Federal não respeita os prefeitos e não conhece a realidade do Brasil e fica jogando para a plateia”. Ele sugere uma ampla mobilização nacional de prefeitos para pressionar o Congresso Nacional a derrubar o veto. “Mas isso vai retardar a solução do problema, enquanto que os prefeitos ficam a mercê das ações da justiça”, admite.
O prazo final para que os municípios resolvessem o problema dos resíduos sólidos foi dia 2 de agosto último, mas segundo estimativas da Confederação Nacional de Municípios apenas 10% dos municípios conseguiram cumprir a lei, dando uma destinação correta aos resíduos sólidos. Em Goiás não existem dados estatísticos sobre o assunto, mas o índice deve ser o mesmo.
Até o momento, a alternativa para as cidades que não cumpriram a meta de destinação correta dos resíduos sólidos é assinar um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público, que fiscaliza a execução da lei. Os gestores municipais que não se adequaram à política até o prazo estabelecido estão sujeitos a ação civil pública, por improbidade administrativa e crime ambiental.
Os municípios também teriam que elaborar até esse ano o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) que prevê o sistema de abastecimento de água, coleta de tratamento de esgoto sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos. Poucos conseguiram elaborar o plano e o prazo foi prorrogado para 2018, o que não ocorreu com os resíduos sólidos devido ao veto presidencial.
Só o custo para a elaboração de cada projeto desses para os municípios pequenos varia de 100 a 200 mil reais. A FUNASA em Goiás está financiando projetos para apenas 22 municípios, com recursos a titulo de fundo perdido, mas nenhum ainda foi concluído.
A Associação Goiana de Municípios esclarece que os prefeitos goianos reconhecem a necessidade de solucionar o mais rápido possível o problema dos resíduos sólidos, preservando o meio ambiente, e que têm o maior interesse em adotar as medidas necessárias, assumindo as suas responsabilidades. Mas sem recursos, já que a crise financeira se agrava a cada dia, e sem a ajuda do Governo Federal (que não assume as suas responsabilidades) isso se torna impossível no momento (Com informações da Assessoria de Comunicação da AGM).
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