CABECEIRAS: Professora corrige provas de alunos e escreve frases com xingamentos

CABECEIRAS: Professora corrige provas de alunos e escreve frases com xingamentos


Um aluno do 3º ano D do Colégio Estadual Oemis Virgínio Machado postou na sua linha do tempo no Facebook na ultima sexta - feira (25), a foto de uma prova que recebeu da professora de inglês com frases  de baixo calão. Em menos de 1 hora após a postagem, a foto havia sido compartilhada por 15 pessoas e inúmeros comentários. Até a manhã desta quarta - feira (30), foram feitos 23 compartilhamentos. A imagem também foi parar em grupos no aplicativo WhatsApp, onde repercutiu em toda cidade.
(Foto: Reprodução / Facebook)

A prova, datada dia 10 deste mês continha os dizeres “Vai tomar no *** vocês dois...”. Essa não foi a única foto a ser compartilhada nas redes sociais. Outro aluno também postou na sua linha do tempo a foto do que seria sua prova com os xingamentos “Obs: Vai tomar no *** desgraça! E outros”, logo abaixo a professora, que se chama Ilizabete teria escrito “obs: Desrespeitoso”.

(Foto: Reprodução / Facebook)
Na legenda, o aluno contou que as provas foram mostradas para direção da escola, que segundo ele, ignorou e não havia tomado nenhuma decisão “E a direção não faz nada, não adianta falar que faz pq não faz. Levamos as provas pra elas ver, elas fez pouco caso (sic)”, comentou.

(Foto: Reprodução / Facebook)

Diretora Simone Sandoval e a vice-diretora Geralda Sales.
Mas a diretora da instituição de ensino, Simone Sandoval negou que não tenha tomado atitude. No sábado (26) Simone disse a reportagem do Interativa87, que todos os procedimentos corretos foram tomados e encaminhados para Subsecretaria Regional de Educação de Formosa (SER), que responde pelo estado o município de Cabeceiras e também outros municípios; Flores de Goiás, Vila Boa. “As providencias já foram todas, entregamos para subsecretaria em Formosa os documentos solicitados. Vamos aguardar a resposta da Subsecretaria, que já nos pediu novos relatórios e documentos que serão entregues a partir de segunda – feira”, explicou.

Simone não quis entrar em mais detalhes sobre o assunto, porque segundo ela o caso está sendo investigado pela subsecretaria.

Por telefone a reportagem entrou em contato com a SRE de Formosa. Não foi possível falar com a subsecretária, professora Marilia Magalhães. Na ocasião ela estava no velório de uma aluna. Quem atendeu foi a Diretora do Núcleo Pedagógico, Rosinei. Segundo ela, foram entregues para subsecretaria relatórios e documentos do colégio e que novos documentos seriam pedidos e encaminhados para a subsecretaria do estado, que tomará as devidas providencias e que mais detalhes sobre o caso, somente a subsecretária poderia dizer.

“A Subsecretaria já tomou todas as providências cabíveis, e à de documentar todos os documentos que a escola tem. Já chegaram aqui para nós, montamos um dossiê e nos receberemos também da diretora novas documentações que foram solicitados pela subsecretária, e vamos encaminhar a Secretaria de Educação do Estado em Goiânia para que a instância superior tome as providências maiores”, explicou.

A diretora também não revelou mais detalhes, por estar no momento sendo investigado a atitude da professora. Desde o último sábado foram feitas várias ligações para Ilizabete, mas ela não atendeu. Na manhã desta terça – feira (29), ela entrou em contato com a reportagem por meio de mensagem enviada através do aplicativo WhatsApp. No texto ela cita que não está bem psicologicamente, tomando fortes remédios e acusou os alunos que a não respeitava e o colégio que não atendia as suas reclamações sobre a atitude dos estudantes.

Leia o texto na íntegra.

"Estou passando por um processo muito constrangedor. Sou filha de Cabeceiras de Goiás e muito chateada com a situaçao vivida desde que aqui cheguei. Fui removida do Colegio Professor Alfredo Nasser por nao aceitar a situacao que la encontrei. 

A forma que fui removida foi muito constrangedor, como expulsa por nao aceitar que alunos me desrespeite em sala de aula falando palavroes de baixo calao e a direçao da escola nao fazia nada. Por eu reclamar demais fizeram a cabeça dos alunos e de pais para fazer abaixo assinado para me tirar da escola. 

A mesma coisa aconteceu no Colegio Oemis Virgínio Machado. Devido a tudo isto, pois sou evangelica e de criaçao rigida, nunca aceitei esse desrespeito para comigo estou passando por serios problemas de saude tendo que me afastar das atividades escolares. Quando eu estava aplicando provas, varios alunos disseram as palavras de baixo calao e em todas as provas eu escrevi o que o aluno disse. Infelizmente eu nao coloquei a expressao: - Que o aluno disse. 

 Minha intençao era juntar todas as provas e pedi uma providencia para a direçao da escola. Como estou em uso de fortes medicamentos entreguei as provas aos alunos sem relatar juntamente com a direçao. Infelizmente um aluno usou-a contra mim. Digo: Se fosse eu quem estaria dizendo aquela expressao que está no face, quem seria esta segunda pessoa? quando diz vocês dois? Acaso surtei? Entao, estao jogando pedras sem direcao... Estou de atestado desde a semana passada. A direcao da escola sabe disso.Porem estive na escola todo o tempo aplicando recuperacao e dando aulas.Isso a comunidade nao sabe nao é? 

Sera que a comunidade tem conhecimento dos recadinhos de elogios que eu coloco nas provas daqueles que se esforçam e saem bem nas provas? Eu sinto muito em tudo o que esta acontecendo. E peço socorro, pois a única coisa que eu vim fazer aqui neste municipio foi trabalhar em paz coisa que eu nao consegui (sic)".

 A diretora do Colégio Estadual Professor Alfredo Nasser, Lindinar Souza, citado no texto acima pela professora Ilizabete que foi “expulsa” do colégio por não aceitar o “desrespeito dos alunos” e que a direção não fazia nada, negou as acusações, e contou que foram todas as medidas corretas, até chegar ao ponto de levar o caso a SRE de Formosa, que transferiu a professora para outro colégio. Segundo Lindinar, a professora Ilizabete não seguia a hierarquia local e que queria fazer do seu próprio jeito, causando transtornos, discórdia entre alunos e também xingamentos.

“Ela não respeitava a hierarquia, os alunos, funcionários. Xingava os alunos. Colocava dez alunos para fora da sala, a gente conversava com ela que assim não podia e que vamos resolver de outra forma, mas ela falava que vai ser assim mesmo. Sobre o abaixo assinado para tirá-la do colégio, conversamos com os alunos, falamos para eles que não iriamos fazer assim, vamos buscar outra forma. Fizemos um relatório e enviamos para subsecretaria”, disse Lindinar Souza.

O caso agora foi levado para Secretaria de Educação do Estado em Goiânia, que deverá informar nos próximos dias, qual medida será aplicada. A professora Ilizabete não retornou a sala de aula nessa semana.

1 Comentários

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  1. Ilizabete é uma das melhores professoras que eu já conheci, acredito que ela seja incapaz de escrever uma coisa dessa na prova desses alunos, pelo o que eu fiquei sabendo esses alunos falaram essas palavras na sala de aula durante a prova e ela reescreveu oque eles disseram nas provas ela so esqueceu de colocar OBS.
    Mas nem por isso esses alunos tem o direito de fazer oq que estão fazendo com ela!
    Não só eu mas qualquer aluno daquela escola (Oemis), sabe o quanto ilizabete sofre naquelas salas de aulas... é o melhor de tudo é que ela é muito forte, porque se fosse eu ja tinha saído dessa cidade a muito tempo!
    Ela é rígida em suas aulas siim, mas que professor que não tem esse direto.
    Não estou puxando saco de professora, pq não preciso disso, mas sou contra injustiça e é o que está acontecendo com ela!

    ELA SO QUER RESPEITO, COISA QUE ESSE POVO BRASILEIRO ESTA NECESSITADO...

    Respeito na sala de aula, no trabalho, nas ruas...

    Ame seu próximo..

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