Um grupo de moradores foi ao Plenário João Rosa Dos Santos (Câmara Municipal) na noite desta quinta – feira (16) para apresentar aos vereadores reivindicações de vários setores do município. Cartazes foram fixados na parte externa do órgão cobrando por segurança, saúde, educação, iluminação pública e mais transparência da administração pública.
O movimento foi organizado através de grupos no WhatApp que reuniu certa de 40 pessoas que, assistiram primeiro a sessão ordinária da casa e em seguida foi aberta a tribuna para que às pessoas cadastradas previamente pudessem apresentar suas reivindicações e questionamentos.
Vilmar Vaz foi o primeiro a usar a tribuna e iniciou pedindo esclarecimentos obre o andamento do processo do CORSAP-DF/GO (Consórcio Público de Manejo dos Resíduos Sólidos e das Águas Pluviais da Região Integrada do Distrito Federal e Goiás) para eliminar o lixão do município.
- A primeira reivindicação nossa é sobre o lixão. Em novembro de 2014 teve uma reunião com o CORSAP e até hoje não foi solucionado o problema. Queremos saber como está esse projeto.
Outro ponto levantado foi sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) que foi debatido em uma audiência pública realizada em dezembro de 2015 na câmara municipal que abrange sobre; água, esgoto, drenagem de água e resíduos sólidos. Vilmar destacou o que foi dito naquela ocasião pelo Engenheiro Sanitário e Ambiental, Giovani Oliveira que, até 2035 teria água potável suficiente para população, desde que o seu uso fosse consciente.
- O doutor (engenheiro) fez um estudo que até 2035 se a população de Cabeceiras tiver em torno de 11 mil habitantes não teremos água devido aos maus tratos por nós mesmo. Queria saber de vossas autoridades, o que tem a nos dizer?
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Vaz cobrou também soluções para tapar os buracos nas ruas da cidade. A iluminação pública também foi uma das reivindicações apresentadas no plenário. Ele pediu esclarecimentos sobre partes em que, a iluminação pública está com problemas e não foi resolvido e apresentou um levantamento que fez junto à CELG (Companhia de Energia Elétrica de Goiás).- Nós temos em torno de 2.624 medidores e uma taxa de R$ 4,87 que, mais ou menos dá em torno de R$ 12.660 por mês. No montante anual R$ 151 mil aproximado. A gente anda pelas ruas, digo não em todas, más as vezes falta uma luz em um poste e outro, isso também é segurança. Gostaria de saber de vocês onde está sendo usado, por que a gente passa por insegurança. Gostaria de saber de vossas autoridades o que pode ser feito?
Para finalizar, o morador pediu apoio do legislativo para fechar a rodovia GO-346 em protesto contra o governo do estado para cobrar por segurança.
- Nós estamos querendo um dia o apoio de vocês para fechar a GO-364 e reivindicar, chamar a imprensa para ver se o governador olha para nós, porque até agora só veio para pedir voto.
Outro morador e participante do movimento inscrito para usar a tribuna apresentou aos vereadores, reivindicações do Bairro Enis Machado, em especial a conclusão da creche e venda de lotes que a prefeitura está organizando naquele bairro, conduta de médicos no Hospital Municipal (HMC) e a guarda municipal.
Mauro Lúcio iniciou falando que o movimento não é político e continuou pedindo informações sobre a conclusão da creche e lembrou, que já se passaram três mandatos de prefeitos e não foi concluída.
- Esse movimento nosso não tem nenhuma motivação política. Os temas que serão abordados por mim são; a nossa creche inacabada que começou no mandato de Neto, já temos dois mandatos do prefeito Nadir. Creio que quando foi fazer o estudo para construir a creche teve uma tomada de preço e saberia quanto iria custar. Gostaria de saber por que ela nunca foi terminada? O segundo ponto é o loteamento do Setor Enis, que seria um espaço de extrema importância de criação de uma área de lazer, mas ela foi loteada com o intuito de terminar a creche. Creio também que se foi feito esse loteamento teria que ter feito um estudo para saber quanto iria custar para terminar a creche e quanto iria ser levantado pela venda desses lotes.
Ainda sobre os lotes e a venda deles, Lúcio perguntou se já foram vendidos, pois surgiram conversas que alguns já teriam sido vendidos. A guarda municipal também foi um dos questionamentos do Mauro Lúcio. Segundo ele os concursados eram para serem motorizados.
- Até onde eu sei, vários concursados foram feitos para guarda motorizada para estar dando suporte nas ruas e os transformaram em vigilantes.
Lúcio também reclamou de atitudes de médicos do município e citou um exemplo vivido por sua família ao buscar atendimento no HMC para sua filha que precisava ser removida para unidades de saúde de municípios vizinhos e necessitava de um médico para acompanhá-la e uma ambulância para fazer o transporte.
- Cheguei com a minha filha cardiopata no hospital e o doutor Manoel deu alta sedação na criança, encaminhou a minha filha com o meu carro e se recusou a acompanhar. A sedação que ele deu na minha filha que é cardiopata, se ela tivesse dado parada cardíaca durante o trajeto ela morreria.
Para concluir, Lúcio pediu que o legislativo buscasse informações sobre o atendimento do telefone da Polícia Militar (PM), 190 que, segundo ele tem sido frequente os moradores ligarem e não serem atendidos. Falou também em nome dos amantes do som automotivo que, estão pedindo um lugar adequado para que eles pudessem realizar eventos para essa modalidade.
Sobre a última apresentada por Lúcio envolvendo a sua filha, Regina Justo disse desconhecer o fato, mas ressalta que é um direito do paciente ter acompanhamento médico em caso de emergência na necessidade de remoção.
- Eu não conhecia esse fato, então temos que saber o porquê que foi removido pelo carro do paciente, e porque que o médico não acompanhou. Essa questão de médico acompanhar paciente é um direito do paciente. A gente vai averiguar o que aconteceu.
Sobre o CORSAP – DF/GO, Roberto explicou que o processo é demorado, mas está bem adiantado e envolve vários municípios do entorno do Distrito Federal e não só depende de Cabeceiras, más não tem previsão de execução.
- Ainda tem alguns projetos em andamento, tem questões ainda há serem resolvidas. É um consórcio entre muitos municípios e o maior interessado, foi feito um rateio de custo nessa primeira parte do levantamento de cada município, agora está na parte do licenciamento de resíduos sólidos. É um projeto muito caro, mas dentro de uma realidade, eles têm um prazo para ser cumprido. Por enquanto está na parte de levantamento dos custos e a capacidade que cada município vai ter para manter essa questão. Está sendo feito levantamentos para ver a quantidade produzida aqui para levar para o município polo que dará o destino final. Então, não tem uma data para quando vai ser iniciado.
Sobre a guarda municipal, Roberto disse que foi criada para preservar o patrimônio público.
- A guarda municipal visa mais conservar um patrimônio público e garantir uma ordem.
Em relação a operação tapa buracos, Sandoval explicou que está em andamento o projeto e levantamento de custos para execução. - Já foi feito o projeto, já foram catalogadas as ruas que vão fazer e a segunda parte será o levantamento de recursos. Teve algumas demandas mais importantes que acabaram dando uma certa parada, mas é vontade do prefeito e o processo está em andamento. Roberto explicou como será feito a venda dos lotes no Bairro Enis Machado. Ao todo serão 43 lotes.
- Vão ser vendidos 43 lotes, estão numerados de 1 a 43 e serão vendidos 42, porque um é o PSF. Esses recursos as emendas para onde vão ser destinados. Vai ser aberta uma conta específica onde será depositado. Abriu-se uma concorrência, já está publicada, lá vai ter um edital que está esclarecendo as especificações dos lotes, localidade e o valor venal de cada lote. A abertura dos envelopes será no dia 20 de julho e podem participar, tanto para pessoa física quanto jurídica.
O interessado em participar do leilão para comprar um dos 42 lotes deve apresentar documentação que comprove estar regular com todas as certidões federais, estaduais e municipais, segundo informou Sandoval.
Para concluir o assunto, Roberto esclareceu que nenhum lote foi vendido, tirando a dúvida do Mauro Lúcio que havia recebido informações de que alguns estavam sendo vendidos.
Ao final da audiência pública, que teve início por volta das 20h40 e se estendeu até às 22h30, alguns integrantes do movimento queriam usar a tribuna para falar, porém, o presidente da câmara, Edmundo Gomes Filho “Mundim” voltou a explicar, conforme dito no início da audiência, que só usariam o local para falar, apenas aqueles que foram apresentados em um ofício encaminhado para o legislativo pelo Cristiano Panerari, organizador do movimento.
Muitos criticaram e ficaram insatisfeitos, no entanto, Edmundo explicou novamente o que foi programado junto ao organizador, atendendo ao cronograma da casa de leis.
Por fim, o presidente informou que, as reivindicações serão levadas ao prefeito e a câmara cobrará pela solução.
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