(Foto: Reprodução / Internet)
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Para o vice-presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, José Ferreira de Castro, o problema do ensino no Brasil está na base, desde a alfabetização.
“Aos oito anos o individuo tem de estar alfabetizado. Ora, ele tem de ser alfabetizado antes. Com oito anos ele já esta em uma caminhada de desenvolvimento de construção de textos de desenvolvimento dos problemas matemáticos. Ir alfabetizar com oito anos, já está atrasado dois anos. Isso é uma coisa que depende essencialmente da política de governo e da gestão”.
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De acordo com estudo divulgado pelo Todos pela Educação, o índice de aprendizagem em matemática é ainda pior quando consideradas apenas as escolas públicas. Somente 3,6% dos alunos alcançam um conhecimento adequado em matemática, o que significa que 96,4% dos estudantes do ensino público não aprendem o esperado na escola.
De acordo com o presidente da Câmara de Educação Básica, da Confenen, Samuel Lara, isso acontece, porque as escolas da rede privada exigem dos alunos resultados individuais que confirmem a compreensão do aprendizado.
“Na escola particular, o resultado é melhor, devido ao processo de levar ao aluno a plena concepção de resultados que confirmem o aprendizado. Por isso, também observa-se o desempenho melhor desses alunos nas avaliações externas. A rede privada tem conseguido resultados melhores de seus alunos para a progressão ao ensino superior.”
Mesmo com a preocupante situação relacionada a aprendizagem da matemática ao fim do período escolar, a pesquisa do Todos Pela Educação mostra um avanço geral do conhecimento dos alunos na passagem do Ensino Fundamental para o Ensino Médio. Entre 2005 e 2015, houve um aumento dos municípios com maiores percentuais de estudantes com aprendizado adequado. Em 2005, apenas 0,1% dos municípios tinha mais de 75% dos estudantes aprendendo o mínimo adequado. Esse índice saltou para 8,4% em 2015.
Reportagem, João Paulo Machado / Agência do Rádio
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