Até o final de março, o Ministério da Saúde registrou quase 4.900 casos de Zika em todo país. No ano passado, nesta época, já havia sido notificados mais de 142 mil casos. Ou seja, a redução foi de 97%. Em relação às gestantes, foram registrados 727 casos prováveis e, até o momento, não ocorreu nenhuma morte decorrente da Zika em 2017. A administradora Susana Souto da Silva, de 34 anos, que mora no Amapá, conta como foi a experiência de ser infectada pelo vírus.
Susana Souto da Silva, 34 anos, administradora.
“Eu consultei com a médica especialista em infecto e aí ela diagnosticou, eu fiz todos os procedimentos, notificação, fiz o exame. Tive febre e muitas dores musculares. Eu não conseguia movimentar direito as mãos. Tinha muita dificuldade. Eu me senti melhor depois de sete dias.”
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Melissa Cesário de Lima, de 40 anos, também é administradora de empresa, só que ela mora em Campina Grande, Paraíba. Ela teve Dengue hemorrágica, Zika e Chikungunya e conta que ao ser infectada pela Zika, não conseguia ficar em pé por muito tempo.
Melissa Cesário de Lima, 40 anos, administradora de empresa.
“Eu estava amamentando minha bebe estava com oito meses. Os sintomas são dores fortes de cabeça, o corpo fica cheio de pintinhas, febre intensa, a imunidade baixa bastante... então você sente uma fraqueza, uma fadiga. Praticamente não consegue andar muito, ficar em pé por muito tempo.”
No ano passado, o governo federalcomprou da Bahiafarma 3,5 milhões de testes para identificar o vírus. A tecnologia confirma, em 20 minutos, se o paciente está ou já foi infectado em algum momento da vida. Ao todo, foram investidos R$ 119 milhões para a aquisição dos testes sorológicos, com projeção para garantir o abastecimento da rede por um ano, como explica o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Ricardo Barros, ministro da Saúde.
“É um desenvolvimento da Bahiafarma, laboratório público do Estado da Bahia, que desenvolveu. Nós fizemos testes do INCQS, Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, que atestou, com muita boa eficiência, o teste que identifica a infecção, se a pessoa está infectada, a partir do quinto dia ou se teve em algum momento a infecção. São dois testes no mesmo equipamento. São R$ 119 milhões que nós estamos investindo para prioridade em gestantes.”
A partir do ano passado, foi determinado que filhos de mulheres que foram infectadas pela Zika, durante a gestação, serão acompanhados pelo sistema de saúde até os três anos de idade. O cuidado com as gestantes também foi ampliado. O Ministério da Saúde recomenda uma segunda ultrassonografia no pré-natal, para identificar alterações neurológicas durante a gravidez.
O exame deverá ser realizado no primeiro trimestre, como já era previsto, e repetido por volta do sétimo mês. Recentemente, o governo federal anunciou que vai destinar R$ 10 milhões para pesquisas direcionadas à Dengue, Zika e Chikungunya. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante a abertura do terceiro Encontro da Rede Nacional de Especialistas em Zika e doenças correlatas, a Renezika, em março deste ano, no Centro de Convenções, em Brasília.
Agora, o que a população deve fazer é continuar tomando medidas de prevenção. Cuidados simples e de rotina podem salvar vidas. Afinal, sem o mosquito, não há ameaça.
Fonte:Agência do Rádio
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