(Foto: Arquivo 2015)
Na sessão ordinária da câmara municipal de Cabeceiras realizada nesta quarta-feira (14), antecipada devido ao feriado de Corpos Christi dessa quinta, praticamente toda bancada do legislativo em seus comentários finais, após às votações de projetos e requerimentos como é de costume, ressaltou reclamações da população em especial a saúde, destacando dois acontecimentos essa semana. Um deles o período longo em que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão ficando de portas fechadas em decorrência de feriado e decreto de ponto facultativo.
(Foto: Bruno Soares/Interativa87/Arquivo) |
O vereador Dijalma Paraíba (PSC) citou que buscou agendamento na UBS e a vaga só tinha disponível para dentro de 22 dias e usou até em tom de brincadeira que “não tinha pressa de morrer”.
“Os postinhos ficar uma semana fechado, a saúde de Cabeceiras não está lá essas coisas. Você procura o hospital e nos informa para procurar o postinho para fazer acompanhamento. Para conseguir uma consulta tenho que esperar 22 dias, eu acho isso um absurdo, liguei para o secretário para tomar providencias e até hoje estou esperando resposta dele. Más também não estou com pressa de morrer não, vou esperar, talvez me ligue daqui uns dia”.
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O segundo ponto levantado pelos vereadores foi a ausência de um médico durante a saída de outro para remoção de paciente em estado crítico (grave) para serem atendidos em hospitais das cidades vizinhas como, Formosa e Brasília. Os vereadores Dijalma Paraíba (PSL), Gerson Ataídes (PSD), Wellinton Lambe (PP) e Zito (PTN) presenciaram nesta quarta um paciente que chegou ao local sentindo fortes dores e não havia um profissional no Hospital Municipal (HMC) pelo motivo citado acima.
“Hoje fomos no hospital, o médico tinha saído para uma remoção e não tinha outro para cobrir. Chegou um paciente lá por uma situação muito difícil, deitado em cima de uma cama sem condições nenhuma e não tinha médico para atender. Então, vamos tomar providências para isso não voltar a acontecer, é muito difícil para nossa população, saúde em primeiro lugar”, relatou o vereador Wellinton
“A situação é crítica realmente lá no hospital, eu tenho recebido várias reclamações lá e principalmente o que aconteceu essa semana que eu achei um absurdo, fechar todos os postinhos durante uma semana, isso aqui em Cabeceiras nunca aconteceu e acho que não deveria ter acontecido, mas já que aconteceu, tem que ver se concerta daqui para frente”, disse o vereador Zito
A reportagem procurou o secretário municipal de saúde, Júnior Romualdo para comentar sobre o assunto. Por telefone o secretário informou que em relação a ausência de um médico que em determinados casos tem que deixar a unidade e acompanhar pacientes em uma remoção para hospitais de cidades vizinhas, fica responsável pela unidade local o diretor. Más nesse caso específico relatado pelos vereadores, o paciente recebeu todos os cuidados das enfermeiras até a chegada do médico que acompanhava o paciente até Formosa e levou pouco mais de 40 minutos.
“Quando um médico é obrigado a sair do hospital para acompanhar um paciente em estado grave até um hospital em outras cidades, o diretor da unidade fica responsável por chamar outro médico ou até ele mesmo ficar no lugar, ele que é médico também. No caso de ontem, o paciente chegou e às enfermeiras fizeram todo trabalho de triagem e acomodação e estava tudo sob controle. Não foi necessário convocar um médico para atender o paciente, pois o outro profissional já estava a caminho e levou pouco mais de 40 minutos para atender. ”
Em relação as Unidades Básicas de Saúde e agendamento de consultas, Júnior explicou que “devido à baixa procura na semana anterior por agendamento para essa semana, tomou junto a administração prolongar o feriado com o ponto facultativo da festa de Santo Antônio do Boqueirão e que, não é do seu conhecimento demorar longos dias para que um paciente consiga agendar uma consulta” ressaltando ainda que “na próxima semana irá verificar se isso está ocorrendo para que seja solucionado”.
Por fim, sobre falta de medicamentos, o secretário negou que isso vem ocorrendo e que a cerca de 20 dias às farmácias básicas foram abastecidas.
“Nas farmácias básicas não está faltando medicamento, inclusive uns 15 a 20 dias fizemos a compra de remédios para uso hospitalar e farmácias básicas. Os remédios que são obrigatórios terem nos postinhos e no hospital tem... que são aqueles para hipertensão, diabete, gestantes e outros. Agora, o que não encontra na farmácia básica são aqueles receitados pelos médicos, que não se enquadram na farmácia”, explicou o secretário municipal de saúde, Júnior Romualdo.
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