Segundo a pesquisa, o crescimento no número de mortes foi de 3,8%, em relação a 2015. O país tem 29,9 casos por 100 mil habitantes
Em 2016, o Brasil registrou o maior número de homicídios da história. Foram 61.619 mortes violentas, uma média de sete assassinatos por hora, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo a pesquisa, o crescimento no número de mortes foi de 3,8%, em relação a 2015. O país tem 29,9 casos por 100 mil habitantes.
Para o especialista de segurança Pública Benê Barbosa, parte do crescimento nos números da violência podem ser justificados pelo baixo investimento e pela má aplicação de recursos em ações de segurança pública. Benê destaca que a maior parte do investimento vai para o policiamento ostensivo e em menor volume para o investigativo, o que segundo ele “tem um efeito muito pequeno contra a criminalidade”.
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A especialista em segurança pública do Instituto Sou Da Paz, Carolina Ricardo, concorda. “A gente pode entender melhor o perfil, entender as motivações. Saberemos qual o percentual do tráfico de drogas, qual o percentual conflitos interpessoais, e além de responsabilizar os criminosos, tomar medidas preventivas”, explicou Carolina.
Entre os estados, a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes foi registrada em Sergipe, com 64, seguido de outros estados nordestinos, como Rio Grande do Norte, com 56,9, e Alagoas, com 55,9. Entre as capitais, Aracaju, em Sergipe, também lidera a taxa de assassinatos por 100 mil habitantes, com 66,7. Em seguida vem Belém, no Pará, com 64, e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul com 64,1.
Latrocínios
Os números da violência no Brasil também impressionam quando são levados em consideração os latrocínios, que são roubos seguidos de morte. A taxa desse tipo de crime cresceu 57,8% em sete anos no país. De acordo com o estudo, em 2016, foram registrados 2.514 assassinatos cometidos durante o ato do roubo ou em consequência dele. Na edição anterior da pesquisa, divulgada em 2010, o número havia sido de 1.593.
O número de casos desse tipo de crime registrou aumento em 19 estados. O maior crescimento foi em Rondônia, de 124%, seguido por Tocantins, com aumento de 73% e pelo Rio de Janeiro, de 70%. Quando são comparadas a população e o número de latrocínios, o Pará aparece como estado mais violento, com 2,6 casos por 100 mil habitantes.
Na visão de Carolina Ricardo, o aumento nos casos de latrocínio deve ser analisado sob a premissa de que foi um roubo que deu errado. Já na visão de Benê Barbosa, o aumento no número de latrocínios é um claro sinal de que os bandidos se tornaram mais cruéis ao longo dos anos.
Violência policial
O número de mortes causadas por polícias aumentou 25,8% em relação a 2015: ao todo foram 4.224 pessoas foram mortas em decorrência de ações de policiais civis e militares. 99,3% das vitimas eram homens. Em relação a 2015, o número de policiais mortos também aumentou, 17,5%.
Benê avalia que as ações criminosas se tornaram mais violentas ao longo dos últimos anos. Como resultado, houve um aumento no número de casos de mortes causadas por policiais e de policiais assassinados.
Para Carolina Ricardo, a letalidade das ações policiais deve ser investigada como uma questão de segurança pública, assim como o aumento do número de assassinatos em geral.
Estupros
O número de casos de estupros chegou a 49.497 em 2016, um crescimento de 3,5%. Sobre casos de feminícidio no ano passado, foram registrados 4.657 assassinatos de mulheres, cerca de uma morte a cada duas horas. No entanto, desse total, apenas 533 casos foram classificados como feminícidio.
Da Agência do Rádio
(Foto: Andréa Farias/ O DIA)
Em 2016, o Brasil registrou o maior número de homicídios da história. Foram 61.619 mortes violentas, uma média de sete assassinatos por hora, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo a pesquisa, o crescimento no número de mortes foi de 3,8%, em relação a 2015. O país tem 29,9 casos por 100 mil habitantes.
Para o especialista de segurança Pública Benê Barbosa, parte do crescimento nos números da violência podem ser justificados pelo baixo investimento e pela má aplicação de recursos em ações de segurança pública. Benê destaca que a maior parte do investimento vai para o policiamento ostensivo e em menor volume para o investigativo, o que segundo ele “tem um efeito muito pequeno contra a criminalidade”.
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A especialista em segurança pública do Instituto Sou Da Paz, Carolina Ricardo, concorda. “A gente pode entender melhor o perfil, entender as motivações. Saberemos qual o percentual do tráfico de drogas, qual o percentual conflitos interpessoais, e além de responsabilizar os criminosos, tomar medidas preventivas”, explicou Carolina.
Entre os estados, a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes foi registrada em Sergipe, com 64, seguido de outros estados nordestinos, como Rio Grande do Norte, com 56,9, e Alagoas, com 55,9. Entre as capitais, Aracaju, em Sergipe, também lidera a taxa de assassinatos por 100 mil habitantes, com 66,7. Em seguida vem Belém, no Pará, com 64, e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul com 64,1.
(Foto: Agência do Rádio) |
Latrocínios
Os números da violência no Brasil também impressionam quando são levados em consideração os latrocínios, que são roubos seguidos de morte. A taxa desse tipo de crime cresceu 57,8% em sete anos no país. De acordo com o estudo, em 2016, foram registrados 2.514 assassinatos cometidos durante o ato do roubo ou em consequência dele. Na edição anterior da pesquisa, divulgada em 2010, o número havia sido de 1.593.
O número de casos desse tipo de crime registrou aumento em 19 estados. O maior crescimento foi em Rondônia, de 124%, seguido por Tocantins, com aumento de 73% e pelo Rio de Janeiro, de 70%. Quando são comparadas a população e o número de latrocínios, o Pará aparece como estado mais violento, com 2,6 casos por 100 mil habitantes.
Na visão de Carolina Ricardo, o aumento nos casos de latrocínio deve ser analisado sob a premissa de que foi um roubo que deu errado. Já na visão de Benê Barbosa, o aumento no número de latrocínios é um claro sinal de que os bandidos se tornaram mais cruéis ao longo dos anos.
Violência policial
O número de mortes causadas por polícias aumentou 25,8% em relação a 2015: ao todo foram 4.224 pessoas foram mortas em decorrência de ações de policiais civis e militares. 99,3% das vitimas eram homens. Em relação a 2015, o número de policiais mortos também aumentou, 17,5%.
Benê avalia que as ações criminosas se tornaram mais violentas ao longo dos últimos anos. Como resultado, houve um aumento no número de casos de mortes causadas por policiais e de policiais assassinados.
Para Carolina Ricardo, a letalidade das ações policiais deve ser investigada como uma questão de segurança pública, assim como o aumento do número de assassinatos em geral.
Estupros
O número de casos de estupros chegou a 49.497 em 2016, um crescimento de 3,5%. Sobre casos de feminícidio no ano passado, foram registrados 4.657 assassinatos de mulheres, cerca de uma morte a cada duas horas. No entanto, desse total, apenas 533 casos foram classificados como feminícidio.
Da Agência do Rádio
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