(Foto: Divulgação/MP-GO)
A segunda fase da Operação Regalia, cumpriu na manhã desta terça-feira (21) em Anápolis, cidade que fica localizada a 55 km de Goiânia, 11 mandados de prisão, sendo cinco de prisão temporária contra o diretor, o supervisor, um agente e duas mulheres de presos, seis de prisão preventiva em relação aos envolvidos que já estavam presos, 7 conduções coercitivas contra um agente, ex-agentes e pessoas ligadas aos internos do presídio da cidade que saíam para festas, traficavam drogas e até mantinham um motel na Unidade Prisional, segundo investigações do Ministério Público de Goiás (MP-GO). A informação é do Portal G1.
O promotor de Justiça Thiago Galindo, que coordenou a operação nesta terça, que teve a parceria das polícias Civil e Militar, disse ao G1 que o local era "um verdadeiro escritório seguro do crime".
"Havia um verdadeiro escritório seguro do crime, tráfico de drogas, até homicídio a gente conseguiu levantar de um preso que, em tese, teria suicidado. É uma gama de pequenos crimes que se prolongaram por muito tempo e ultrapassaram todos os limites", disse o promotor.
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O motel funcionava em um quarto que foi fechado em março deste ano pela Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap), onde deveria servir como depósito de materiais.
"Segundo o relatório da própria Seap, tinha até um livro com o telefone das mulheres que seriam chamadas. Era como um quarto de motel mesmo, com bombom, frutas", detalhou Galindo.
Ainda segundo o G1, a investigação apontou que muitos presos não trabalhavam, mas tinham os dias descontados da pena como se tivessem trabalhado a semana toda sem descanso. Eles também negociavam saídas para visitar a família ou festas.
"A saída temporária só pode ser autorizada para visitar velório ou hospital, mas constatamos que era um método corriqueiro. Agentes até digitavam as senhas de presos", detalhou o promotor.
Na sala do diretor os policiais apreenderam um caderno com o registro de pagamentos de vários presos e até cartões deles. Os promotores estimam que o valor negociado ultrapassa R$ 1 milhão. Os detidos na operação são investigados por associação ao tráfico de drogas, associação criminosa, tráfico de drogas, corrupção ativa e passiva , ingresso de aparelhos celulares e homicídio.
O superintendente executivo da Seap, tenente-coronel Newton Castilho, explicou que o responsável pela regional de Anápolis assumirá a unidade provisoriamente.
Operação apreendeu dinheiro, facas e dezenas de celulares em presídio de Anápolis (Foto: Divulgação/MP-GO) |
A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) divulgou nota em informando que a ação é um resultado de investigações feitas pelo próprio órgão e que foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão contra três servidores. Também foram expedidos mandados de prisão e ordem de transferência contra quatro reeducandos.
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