Juiz cita, em decisão que determinou prisão temporária, que despesas pessoais também foram bancadas com recursos desviados.
Parte do dinheiro arrecadado através de dízimos dos fiéis e eventos para Diocese de Formosa (GO), Entorno do Distrito Federal foram utilizados para comprar fazenda de gado e uma casa lotérica em Posse, cidade goiana na região Nordeste do Estado, segundo aponta às investigações do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).
O bispo Dom José Ronaldo e quatro padres foram presos na manhã desta segunda-feira (19) na "Operação Caifás" do MP-GO. Escutas telefônicas autorizadas pela justiça apontaram essas compras. De acordo com o Ministério Público, responsável pela denúncia, eles teriam dado prejuízo superior a R$ 2 milhões aos cofres da Igreja Católica.
O juiz Fernando Oliveira Samuel citou ainda que há indícios de que o dinheiro era usado para bancar despesas pessoais e que carros da Diocese de Formosa – responsável por gerir as paróquias do Nordeste goiano – eram usados com fins particulares.
“[Apuração aponta que as verbas arrecadadas] estão sendo sistematicamente desviados por ordem de José Ronaldo e igualmente aprovados em favor dos demais clérigos, chegando ao ponto na participação efetiva em atividades econômicas (pelo menos, atividade de pecuária e de exploração de casa lotérica). Além disso, é possível que veículos adquiridos pela diocese estejam sendo destinados para uso particular do Padre Moacyr na cidade de Posse”, declarou o juiz
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As investigações começaram após denúncias de fiéis que relataram desvios iniciados em 2015. Em dezembro de 2017, o bispo negou haver irregularidades nas contas da Diocese de Formosa.
Policiais civis cumpriram 13 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão nas cidades de Formosa, Posse e Planaltina.
Segundo o UOL, além do Bispo Dom José, estão presos os padres; Moacyr Santana, Mário Vieira de Brito e Waldson José de Melo.
"De modo mais incisivo, são inúmeros os diálogos transcritos a partir das interceptações telefônicas que apontam a possibilidade de que os clérigos José Ronaldo, Epitácio, Moacyr, Mário e Waldson estejam a desviar vultuosas quantias que podem ter servido para aquisição de uma propriedade rural no município de Posse com criação de gado e de uma casa lotérica [também em Pose], além de pagamento de despesas de cunho exclusivamente pessoal do bispo arcadas pela instituição", afirma o juiz da 2a Vara Criminal de Formosa, Fernando Oliveira Samuel, em sua decisão que decreta a prisão temporária dos investigados. De acordo com a legislação, a prisão temporária vale por cinco dias.
Quando vieram a público as denúncias dos fiéis, o bispo José Ronaldo Ribeiro negou que tivesse cometido irregularidades.
"Não tem nada de impropriedade. Não toco nos repasses financeiros das paróquias que são destinados à manutenção das necessidades da diocese, casa do clero, seminário, estrutura da cúria e funcionários, por exemplo", disse o bispo.
A Diocese de Formosa ainda não se pronunciou sobre o caso. Ligações e mensagens da imprensa também ainda não foram respondidas.
(Foto: MP-GO/Divulgação)
Parte do dinheiro arrecadado através de dízimos dos fiéis e eventos para Diocese de Formosa (GO), Entorno do Distrito Federal foram utilizados para comprar fazenda de gado e uma casa lotérica em Posse, cidade goiana na região Nordeste do Estado, segundo aponta às investigações do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).
O bispo Dom José Ronaldo e quatro padres foram presos na manhã desta segunda-feira (19) na "Operação Caifás" do MP-GO. Escutas telefônicas autorizadas pela justiça apontaram essas compras. De acordo com o Ministério Público, responsável pela denúncia, eles teriam dado prejuízo superior a R$ 2 milhões aos cofres da Igreja Católica.
O juiz Fernando Oliveira Samuel citou ainda que há indícios de que o dinheiro era usado para bancar despesas pessoais e que carros da Diocese de Formosa – responsável por gerir as paróquias do Nordeste goiano – eram usados com fins particulares.
“[Apuração aponta que as verbas arrecadadas] estão sendo sistematicamente desviados por ordem de José Ronaldo e igualmente aprovados em favor dos demais clérigos, chegando ao ponto na participação efetiva em atividades econômicas (pelo menos, atividade de pecuária e de exploração de casa lotérica). Além disso, é possível que veículos adquiridos pela diocese estejam sendo destinados para uso particular do Padre Moacyr na cidade de Posse”, declarou o juiz
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Quando vieram a público as denúncias dos fiéis, o bispo José Ronaldo Ribeiro negou que tivesse cometido irregularidades.
"Não tem nada de impropriedade. Não toco nos repasses financeiros das paróquias que são destinados à manutenção das necessidades da diocese, casa do clero, seminário, estrutura da cúria e funcionários, por exemplo", disse o bispo.
A Diocese de Formosa ainda não se pronunciou sobre o caso. Ligações e mensagens da imprensa também ainda não foram respondidas.
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