FORMOSA: Com a paralisação dos caminhoneiros, falta gasolina e álcool nos postos

FORMOSA: Com a paralisação dos caminhoneiros, falta gasolina e álcool nos postos

Caminhoneiros protestam desde segunda-feira (21) nas rodovias federais e estaduais contra aumento do preço do diesel. Grandes filas se formam nos postos de combustíveis que ainda tem os produtos nas bombas em Formosa.


(Foto: Matheus Antunes/Interativa87)

 Atualizada às 17:13

Já começa a faltar gasolina e álcool em vários postos de combustíveis em Formosa (GO), no Entorno do Distrito Federal. Filas enormes de veículos se formam nos postos que ainda tem os produtos que já estão quase se esgotando nas bombas.

Os caminhões que são responsáveis pelo abastecimento dos postos no Distrito Federal e Entorno estão impedidos de saírem de uma distribuidora da Petrobras em Brasília por caminhoneiros que realizam protestos em vários estados do país contra o aumento no valor do diesel, segundo informações do Correio Braziliense.

(Foto: Douglas Braz para o Interativa87)



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O repórter Edmilson Santos da rádio Interativa FM visitou postos de combustíveis em Formosa nessa tarde e constatou que boa parte está sem o álcool e gasolina nas bombas para abastecer os veículos.

(Foto: Redes Sociais/Reprodução)
A BR-020 no município de Formosa está com pelo menos 700 caminhões parados no acostamento e nos estacionamentos de postos (informações até a manhã de hoje).
Caminhoneiros parados em um posto de combustível na BR-020 em Formosa (Foto: Redes Sociais/Reprodução)

O protesto teve início na segunda-feira (21) e não tem previsão para encerrar, a não ser que o Governo Federal atenda as revindicações da categoria que querem mudanças na política de reajuste do preço do óleo diesel, com congelamento mínimo de três meses; redução do PIS/Cofins sobre o combustível; e o fim da cobrança de pedágio dos caminhões que trafegam sem mercadoria e com os eixos suspensos em rodovias federais sob concessão.

Representantes dos caminhoneiros e governo federal se reuniram na tarde de hoje no Palácio do Planalto para encontrar uma solução à greve deflagrada pela categoria contra o aumento de combustíveis. Mas segundo o Metrópoles, o encontro terminou sem acordo e a greve vai continuar.

“A greve continua. Não houve nenhuma proposta. O governo veio justificar a impossibilidade de atender reivindicações da categoria. Mas sentiu o peso do movimento. Jogamos essa responsabilidade para eles”, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, Dilmar Bueno. “Eles foram avisados com antecedência. Conseguimos estabelecer condições de caráter permanente. Os ministros vão conversar com o governo para apresentar proposta amanhã (quinta) 14h”, acrescentou.

Segundo ele, a cúpula do governo federal pediu prazo até 14h desta quinta-feira para formular uma proposta melhor à categoria, que achou a eliminação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o preço do óleo diesel insuficiente. Os caminhoneiros deixaram o Planalto, mas ministros continuam reunidos discutindo o tema. A redução do PIS/Cofins incidente sobre o combustível é analisado.

“Eles precisam conversar. Vamos passar isso para a categoria. Assim, como os caminhoneiros paralisaram de forma espontânea, eles vão avaliar e tomar decisão se liberam ou não [as rodovias]. Pela leitura que temos, a categoria não está disponível a promessas vãs, abertas. Se não houver compromisso real, a categoria não desmobiliza por causa dessa reunião de hoje”, acrescentou Bueno.

Participaram da reunião os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha; da Secretaria de Governo, Carlos Marun; de Transportes, Valter Casimiro, e o substituto do Gabinete de Segurança Institucional, general Freire Gomes. Entre as 10 entidades presentes, representantes da Confederação Nacional dos Transportes e da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam).

Os veículos que não estão sendo impedidos são; carros de passeio, ônibus e ambulâncias. Edmilson Santos conversou com um dos caminhoneiros na tarde desta quarta-feira (23) em um posto de combustíveis.

Caminhoneiro e morador de Formosa, o Davi explica como está sendo o movimento e relata ainda que tem recebido apoio dos moradores da cidade com doações para que os caminhoneiros possam manter a paralisação como alimentos, água e outros. Ouça abaixo na íntegra.

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