Avó de jovens de 21 e 22 anos acusa o HMC de tratar tuberculose com medicamentos para pneumonia e diz que o município está com epidemia da doença. Secretaria Municipal de Saúde nega que o município esteja vivendo epidemia e se isso estivesse ocorrendo, a cidade estava sob intervenção da vigilância epidemiológica do estado.
Na quarta-feira (19) o relato de uma avó nas redes sociais chamou a atenção da população de Cabeceiras, deixando uma sensação de medo. Em uma comunidade no Facebook, Tirza Almeida fez um post em que acusa a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e médicos de esconder da população uma suposta "epidemia de tuberculose" ou "surto" no município.
Tirza fez duas publicações, em uma delas, postada às 08h23, ela relata que um dos netos estava sendo tratado com medicamentos para pneumonia e o teria lavado para Goiânia, onde foi comprovado que ele estava com tuberculose. Ela relata ainda que o seu outro neto também estaria com a mesma doença e que a cidade está vivendo um "surto de tuberculose".
Veja abaixo
Na segunda publicação, às 08h42, a avó dos meninos alegou questões políticas, que o poder público está fazendo "vista grossa" diante do caso. Já nesse relato, Tirza começou o texto dizendo em "epidemia silenciosa de tuberculose".
Confira abaixo
O assunto gerou muita discussão na comunidade no Facebook e rapidamente se propagou em grupos no WhatsApp. Por volta das 14h00, a SMS (Secretaria Municipal de Saúde) emitiu uma nota de esclarecimento negando que o município esteja com epidemia da doença. No texto a secretaria confirma o diagnóstico comprovando a tuberculose em Goiânia e que está realizando o acompanhamento do paciente.
Ainda conforme a nota, o município estaria hoje sob intervenção da vigilância epidemiológica do estado, caso fosse verdadeira a informação divulgada por Tirza.
Leia abaixo na íntegra a nota da Secretaria Municipal de Saúde.
Nota de esclarecimento
A prefeitura Municipal de Cabeceiras e a Secretária Municipal de saúde esclarecem a toda população de Cabeceiras, Formosa e região que o desabafo da Sra Tirza Almeida nas redes sociais sobre a epidemia de tuberculose em nosso município não é verdadeiro. Na realidade o seu neto foi diagnosticado com tuberculose em Goiânia e nossa equipe está oferecendo todo acompanhamento para o paciente, e que a maioria dos moradores de Cabeceiras estaria contaminados é uma calúnia e se tivéssemos um surto de tuberculose no município, hoje estaríamos sob intervenção da vigilância epidemiológica do estado.
No desabafo da sra Tirza ela também relatou que houve várias mortes silenciosas por tuberculose o que também não passa de mais uma informação Fake News tão comum hoje em dia em redes sociais e que tanto prejudica o andamento de administração públicas sérias.
A prefeitura Municipal de Cabeceiras juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde através do departamento do Núcleo de Vigilância Epidemiológica de Cabeceiras se colocam a disposição para qualquer esclarecimento e responsabilizam quem produziu e promoveu essas inverdades, e pedimos para que tenhamos cuidados com assuntos tão sérios.
Gervacio Junior
Secretário de saúde
Regina Justus
Coordenadora do núcleo de vigilância epidemiológica
Luiz Francisco de Castro
Gerente municipal de controle de endemias
A reportagem do Interativa87 conversou com o pai dos jovens, a avó e uma das vítimas por telefone na noite desta quarta-feira (19). Tirza Almeida, 65 anos de idade, mora em Goiânia e reafirmou o que havia publicado na rede social. Segundo ela, o seu neto, de 22 anos de idade foi submetido a um exame de raio-X que foi apresentado ao médico do HMC, o qual teria o diagnosticado com pneumonia, mas que, com o quadro em que a vítima não apresentava melhoras, ela resolveu levá-lo para Goiânia, onde na clínica particular apresentou o mesmo exame. O médico teria confirmado que o jovem estava com tuberculose e o tratamento foi iniciado após outra série de exames.
"O daí (médico em Cabeceiras) pegou o exame e disse que ele (neto) estava com pneumonia. Eu fui para Cabeceiras passar uns dias e quando cheguei, vi meu neto muito mal e no dia seguinte eu trouxe ele para Goiânia. Peguei o mesmo exame e mostrei para o médico e ele olhou e falou, seu neto está com tuberculose e fizemos outros exames para comprovar", disse Tirza
Tirza disse ainda o seu neto ligou para ela relatando que pelo menos três médicos realizaram o atendimento e que eles não conseguiram identificar a doença, chegando até dizer que poderia ser câncer.
"Ele (neto) ligou para mim assustado... vó, juntou três médicos para ver e não sabe o que eu tenho. Depois ele falou para mim; vó, é pneumonia. Estava até com medo de ser câncer. A prefeitura disse que até tinha pagado uns exames para ele", relatou e completa "o maior problema meu com eles sabe o que é? É tratar da doença errada", concluiu
Também por telefone a reportagem conversou com o jovem que teria contraído a doença. Ele confirmou a versão da avó e ainda informou, com convicção de que outros colegas também estão com a mesma doença na cidade.
"Eu só fiz um raio-x mesmo e eles (saúde local) falou que era pneumonia e tal... Lá em Goiânia, só de olhar no raio-x o médico já falou que era tuberculose. Os médicos daqui não sabiam nem o que era. Mas isso aqui tem demais, tem duas pessoas que disseram que está (com a doença) e que já foi diagnosticada. Não tem só eu com esse caso aqui não", disse o jovem de 22 anos.
Já em relação ao número de médicos que o atendeu, a vítima disse que eram cinco, ao contrário do que a sua avó disse que o mesmo teria relatado que eram três.
"Juntou foi cinco médicos lá e não sabiam nem o quê que era", ressaltou
Diante da repercussão do caso, Dyheison Dias Campos, 45 anos de idade, pai dos jovens divulgou um esclarecimento nos grupos de WhatsApp.
Leia abaixo.
Dyheison disse por telefone ao Interativa87 que seu filho já está praticamente curado, porém, o outro que tem 21 anos de idade também acabou ficando doente. Ele disse ainda que outro colega dele também está com tuberculose.
"Ele (filho) voltou pra casa agora após tomar os remédios certos, começou a curar da tuberculose. Só que agora o outro filho meu também agora está (com a doença) e um colega deles também está", explicou
Dyheison é casado e tem uma filha de apenas 7 anos de idade e disse que mora em Cabeceiras há 3 anos e seus filhos trabalham em fazendas da região. Ele disse ainda que, juntamente com a esposa e filha também farão os exames. O caso teria acontecido no final de julho desse ano, a partir daí o jovem está em tratamento.
A reportagem pediu cópias dos exames e Dyheison ficou de fornecer, no entanto, na manhã desta quinta-feira (20) ele fez contato por telefone e demonstrando estar chateado e preocupado com o caso, informou que preferiu não disponibilizar as cópias e achou por bem não dar mais continuidade as informações. Dyheison disse ainda que o caso já começou a interferir na vida do seu filho, que já estaria sofrendo por preconceito.
"Ele (filho) foi informado a não mostrar exames e a gente já está cuidando dele. Porque ele já começou a sofrer preconceito aqui na cidade e a gente está pensando em encerrar esse assunto. Começou a sofrer esse preconceito e pode ainda atrapalhar no trabalho dele lá, no serviço. Já tem gente falando que não é para ele andar nem com os filhos" lamentou Dyheison
O seu outro filho teria viajado para Goiânia onde passaria por exames.
A reportagem procurou também a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para comentar sobre o caso. O secretário Júnior Romualdo reafirmou o que diz a nota de esclarecimento divulgada pela pasta e fez ainda uma observação. Ele que é natural do município e seus familiares também residem tanto no meio urbano e zona rural, disse que, o caso é preocupante, mas que, se fosse uma "epidemia" conforme destacou a avó dos jovens, o município estaria sendo vigiado pelo Ministério da Saúde (MS) e quando se surge um caso de doença grave na cidade, a secretaria e sua equipe fica em alerta para uma possível campanha e conscientização da população.
"Eu moro aqui, minha família e amigos moram aqui e mesmo que não morasse, é minha e da minha equipe a obrigação de preservar a saúde da nossa população. Sempre que surge algo novo a gente procurar informar a comunidade, seja nas redes sociais e até na rádio. Nós não iríamos omitir sobre um caso sério desses e conforme explicamos na nota, se fosse epidemia, toda região e cidades vizinhas estariam em alerta. O próprio Ministério da Saúde estaria na cidade" ressaltou o secretário de saúde.
Regina Justo, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica lembra que todos os exames para diagnóstico da tuberculose é gratuito e oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde), assim como o tratamento.
"Os exames para saber se o paciente está com tuberculose é oferecido gratuitamente pelo SUS e o tratamento também. Se a pessoa tem tosse seca e frequente por mais de uma semana, é recomendável que ela procure uma das unidades de saúde para relatar e ser examinado" destacou
Regina disse ainda que a secretaria está acompanhando o caso e reafirmou que está dando suporte para família.
"Desde que o paciente foi diagnosticado com a doença estamos sempre em contato com a família. Entramos em contato com o hospital onde o paciente fez os exames pedimos cópias para fazer o acompanhamento", concluiu Regina Justo, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica.
Sobre o exame feito em Cabeceiras, Regina desconhece.
"Não tivemos acesso a esse exame, pois não foi feito aqui. O que temos são os que foram feitos em Goiânia", concluiu
O Interativa87 fez um levantamento sobre os óbitos ocorridos durante esse ano. Nenhum houve registro da doença.
O Ministério da Saúde (MS) tem em seu site uma cartilha em que tira dúvidas sobre a tuberculose. Confira abaixo.
O QUE É A TUBERCULOSE?
A tuberculose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria. Afeta principalmente os pulmões, embora possa atingir outros órgãos e sistemas, como: ossos, rins e pleura (membrana que envolve os pulmões).
A TUBERCULOSE É GRAVE?
Existem formas graves da doença. Por isso, quanto mais rápido é o diagnóstico, melhor. Lembre-se, o tratamento deve ser realizado até o final. No Brasil, a doença é um sério problema de saúde pública. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e cerca de 4,5 mil mortes, em decorrência da doença.
Globalmente, mais de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose, levando mais de um milhão de pessoas a óbito, anualmente.
SINTOMAS
O principal sintoma da tuberculose é a tosse. Por isso, se você tosse por três semanas ou mais, procure uma Unidade de Saúde e faça o diagnóstico. Há outros sinais e sintomas que também podem estar presentes, tais como: febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga.
O QUE FAZER DIANTE DOS SINTOMAS?
O melhor a se fazer é procurar o diagnóstico na Unidade de Saúde mais próxima. Se confirmado que é tuberculose, o tratamento deve ser feito até o final.
COMO É O TRATAMENTO DA DOENÇA?
O tratamento dura, no mínimo, seis meses, é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e consiste em tomar medicamentos específicos. O tratamento é composto por uma fase intensiva, que dura dois meses, com a utilização do RHZE em dose fixa combinada, seguidos de quatro meses de RH, totalizando seis meses de tratamento.
Obedecer a duração e o regime de tratamento é fundamental. Lembre-se: a melhora nas primeiras semanas ou meses de tratamento não é suficiente, o tratamento deve ser realizado até o final e sem interrupção, evitando a transmissão e o agravamento da doença. Para isso, recomenda-se a realização do tratamento diretamente observado (TDO), que consiste na tomada diária dos medicamentos pela pessoa doente, sob a observação de um profissional da equipe de saúde.
A TUBERCULOSE TEM CURA?
A tuberculose tem cura e deve ser confirmada por meio de exames. Para obter a cura, a pessoa com tuberculose precisa realizar o tratamento até o final e sem interrupção.
COMO PREVENIR?
As crianças com até cinco anos devem ser vacinadas com a BCG. A vacina protege contra formas graves da doença: a tuberculose miliar e a meníngea. Outra recomendação é manter ambientes bem ventilados e com entrada de luz solar.
Se você teve contato com alguém que tem ou teve tuberculose, procure uma Unidade de Saúde para se informar e investigar a doença. O diagnóstico precoce previne e ajuda no combate à transmissão da tuberculose.
TRANSMISSÃO
A tuberculose é transmitida de uma pessoa para a outra pelo ar. Em situações comuns, como ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis contendo a bactéria.
Vale lembrar que compartilhar roupas, copos, talheres e outros objetos não transmite a tuberculose.
(Foto: Bruno Soares/Interativa87
Na quarta-feira (19) o relato de uma avó nas redes sociais chamou a atenção da população de Cabeceiras, deixando uma sensação de medo. Em uma comunidade no Facebook, Tirza Almeida fez um post em que acusa a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e médicos de esconder da população uma suposta "epidemia de tuberculose" ou "surto" no município.
Tirza fez duas publicações, em uma delas, postada às 08h23, ela relata que um dos netos estava sendo tratado com medicamentos para pneumonia e o teria lavado para Goiânia, onde foi comprovado que ele estava com tuberculose. Ela relata ainda que o seu outro neto também estaria com a mesma doença e que a cidade está vivendo um "surto de tuberculose".
Veja abaixo
(Foto: Facebook / Reprodução) |
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Confira abaixo
(Foto: Facebook / Reprodução) |
Ainda conforme a nota, o município estaria hoje sob intervenção da vigilância epidemiológica do estado, caso fosse verdadeira a informação divulgada por Tirza.
Leia abaixo na íntegra a nota da Secretaria Municipal de Saúde.
Nota de esclarecimento
A prefeitura Municipal de Cabeceiras e a Secretária Municipal de saúde esclarecem a toda população de Cabeceiras, Formosa e região que o desabafo da Sra Tirza Almeida nas redes sociais sobre a epidemia de tuberculose em nosso município não é verdadeiro. Na realidade o seu neto foi diagnosticado com tuberculose em Goiânia e nossa equipe está oferecendo todo acompanhamento para o paciente, e que a maioria dos moradores de Cabeceiras estaria contaminados é uma calúnia e se tivéssemos um surto de tuberculose no município, hoje estaríamos sob intervenção da vigilância epidemiológica do estado.
No desabafo da sra Tirza ela também relatou que houve várias mortes silenciosas por tuberculose o que também não passa de mais uma informação Fake News tão comum hoje em dia em redes sociais e que tanto prejudica o andamento de administração públicas sérias.
A prefeitura Municipal de Cabeceiras juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde através do departamento do Núcleo de Vigilância Epidemiológica de Cabeceiras se colocam a disposição para qualquer esclarecimento e responsabilizam quem produziu e promoveu essas inverdades, e pedimos para que tenhamos cuidados com assuntos tão sérios.
Gervacio Junior
Secretário de saúde
Regina Justus
Coordenadora do núcleo de vigilância epidemiológica
Luiz Francisco de Castro
Gerente municipal de controle de endemias
A reportagem do Interativa87 conversou com o pai dos jovens, a avó e uma das vítimas por telefone na noite desta quarta-feira (19). Tirza Almeida, 65 anos de idade, mora em Goiânia e reafirmou o que havia publicado na rede social. Segundo ela, o seu neto, de 22 anos de idade foi submetido a um exame de raio-X que foi apresentado ao médico do HMC, o qual teria o diagnosticado com pneumonia, mas que, com o quadro em que a vítima não apresentava melhoras, ela resolveu levá-lo para Goiânia, onde na clínica particular apresentou o mesmo exame. O médico teria confirmado que o jovem estava com tuberculose e o tratamento foi iniciado após outra série de exames.
"O daí (médico em Cabeceiras) pegou o exame e disse que ele (neto) estava com pneumonia. Eu fui para Cabeceiras passar uns dias e quando cheguei, vi meu neto muito mal e no dia seguinte eu trouxe ele para Goiânia. Peguei o mesmo exame e mostrei para o médico e ele olhou e falou, seu neto está com tuberculose e fizemos outros exames para comprovar", disse Tirza
Tirza disse ainda o seu neto ligou para ela relatando que pelo menos três médicos realizaram o atendimento e que eles não conseguiram identificar a doença, chegando até dizer que poderia ser câncer.
"Ele (neto) ligou para mim assustado... vó, juntou três médicos para ver e não sabe o que eu tenho. Depois ele falou para mim; vó, é pneumonia. Estava até com medo de ser câncer. A prefeitura disse que até tinha pagado uns exames para ele", relatou e completa "o maior problema meu com eles sabe o que é? É tratar da doença errada", concluiu
Também por telefone a reportagem conversou com o jovem que teria contraído a doença. Ele confirmou a versão da avó e ainda informou, com convicção de que outros colegas também estão com a mesma doença na cidade.
"Eu só fiz um raio-x mesmo e eles (saúde local) falou que era pneumonia e tal... Lá em Goiânia, só de olhar no raio-x o médico já falou que era tuberculose. Os médicos daqui não sabiam nem o que era. Mas isso aqui tem demais, tem duas pessoas que disseram que está (com a doença) e que já foi diagnosticada. Não tem só eu com esse caso aqui não", disse o jovem de 22 anos.
Já em relação ao número de médicos que o atendeu, a vítima disse que eram cinco, ao contrário do que a sua avó disse que o mesmo teria relatado que eram três.
"Juntou foi cinco médicos lá e não sabiam nem o quê que era", ressaltou
Diante da repercussão do caso, Dyheison Dias Campos, 45 anos de idade, pai dos jovens divulgou um esclarecimento nos grupos de WhatsApp.
Leia abaixo.
(Foto: WhatsApp/Reprodução) |
Dyheison disse por telefone ao Interativa87 que seu filho já está praticamente curado, porém, o outro que tem 21 anos de idade também acabou ficando doente. Ele disse ainda que outro colega dele também está com tuberculose.
"Ele (filho) voltou pra casa agora após tomar os remédios certos, começou a curar da tuberculose. Só que agora o outro filho meu também agora está (com a doença) e um colega deles também está", explicou
Dyheison é casado e tem uma filha de apenas 7 anos de idade e disse que mora em Cabeceiras há 3 anos e seus filhos trabalham em fazendas da região. Ele disse ainda que, juntamente com a esposa e filha também farão os exames. O caso teria acontecido no final de julho desse ano, a partir daí o jovem está em tratamento.
A reportagem pediu cópias dos exames e Dyheison ficou de fornecer, no entanto, na manhã desta quinta-feira (20) ele fez contato por telefone e demonstrando estar chateado e preocupado com o caso, informou que preferiu não disponibilizar as cópias e achou por bem não dar mais continuidade as informações. Dyheison disse ainda que o caso já começou a interferir na vida do seu filho, que já estaria sofrendo por preconceito.
"Ele (filho) foi informado a não mostrar exames e a gente já está cuidando dele. Porque ele já começou a sofrer preconceito aqui na cidade e a gente está pensando em encerrar esse assunto. Começou a sofrer esse preconceito e pode ainda atrapalhar no trabalho dele lá, no serviço. Já tem gente falando que não é para ele andar nem com os filhos" lamentou Dyheison
O seu outro filho teria viajado para Goiânia onde passaria por exames.
A reportagem procurou também a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para comentar sobre o caso. O secretário Júnior Romualdo reafirmou o que diz a nota de esclarecimento divulgada pela pasta e fez ainda uma observação. Ele que é natural do município e seus familiares também residem tanto no meio urbano e zona rural, disse que, o caso é preocupante, mas que, se fosse uma "epidemia" conforme destacou a avó dos jovens, o município estaria sendo vigiado pelo Ministério da Saúde (MS) e quando se surge um caso de doença grave na cidade, a secretaria e sua equipe fica em alerta para uma possível campanha e conscientização da população.
"Eu moro aqui, minha família e amigos moram aqui e mesmo que não morasse, é minha e da minha equipe a obrigação de preservar a saúde da nossa população. Sempre que surge algo novo a gente procurar informar a comunidade, seja nas redes sociais e até na rádio. Nós não iríamos omitir sobre um caso sério desses e conforme explicamos na nota, se fosse epidemia, toda região e cidades vizinhas estariam em alerta. O próprio Ministério da Saúde estaria na cidade" ressaltou o secretário de saúde.
Regina Justo, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica lembra que todos os exames para diagnóstico da tuberculose é gratuito e oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde), assim como o tratamento.
"Os exames para saber se o paciente está com tuberculose é oferecido gratuitamente pelo SUS e o tratamento também. Se a pessoa tem tosse seca e frequente por mais de uma semana, é recomendável que ela procure uma das unidades de saúde para relatar e ser examinado" destacou
Regina disse ainda que a secretaria está acompanhando o caso e reafirmou que está dando suporte para família.
"Desde que o paciente foi diagnosticado com a doença estamos sempre em contato com a família. Entramos em contato com o hospital onde o paciente fez os exames pedimos cópias para fazer o acompanhamento", concluiu Regina Justo, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica.
Sobre o exame feito em Cabeceiras, Regina desconhece.
"Não tivemos acesso a esse exame, pois não foi feito aqui. O que temos são os que foram feitos em Goiânia", concluiu
O Interativa87 fez um levantamento sobre os óbitos ocorridos durante esse ano. Nenhum houve registro da doença.
O Ministério da Saúde (MS) tem em seu site uma cartilha em que tira dúvidas sobre a tuberculose. Confira abaixo.
O QUE É A TUBERCULOSE?
A tuberculose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria. Afeta principalmente os pulmões, embora possa atingir outros órgãos e sistemas, como: ossos, rins e pleura (membrana que envolve os pulmões).
A TUBERCULOSE É GRAVE?
Existem formas graves da doença. Por isso, quanto mais rápido é o diagnóstico, melhor. Lembre-se, o tratamento deve ser realizado até o final. No Brasil, a doença é um sério problema de saúde pública. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e cerca de 4,5 mil mortes, em decorrência da doença.
Globalmente, mais de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose, levando mais de um milhão de pessoas a óbito, anualmente.
SINTOMAS
O principal sintoma da tuberculose é a tosse. Por isso, se você tosse por três semanas ou mais, procure uma Unidade de Saúde e faça o diagnóstico. Há outros sinais e sintomas que também podem estar presentes, tais como: febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga.
O QUE FAZER DIANTE DOS SINTOMAS?
O melhor a se fazer é procurar o diagnóstico na Unidade de Saúde mais próxima. Se confirmado que é tuberculose, o tratamento deve ser feito até o final.
COMO É O TRATAMENTO DA DOENÇA?
O tratamento dura, no mínimo, seis meses, é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e consiste em tomar medicamentos específicos. O tratamento é composto por uma fase intensiva, que dura dois meses, com a utilização do RHZE em dose fixa combinada, seguidos de quatro meses de RH, totalizando seis meses de tratamento.
Obedecer a duração e o regime de tratamento é fundamental. Lembre-se: a melhora nas primeiras semanas ou meses de tratamento não é suficiente, o tratamento deve ser realizado até o final e sem interrupção, evitando a transmissão e o agravamento da doença. Para isso, recomenda-se a realização do tratamento diretamente observado (TDO), que consiste na tomada diária dos medicamentos pela pessoa doente, sob a observação de um profissional da equipe de saúde.
A TUBERCULOSE TEM CURA?
A tuberculose tem cura e deve ser confirmada por meio de exames. Para obter a cura, a pessoa com tuberculose precisa realizar o tratamento até o final e sem interrupção.
COMO PREVENIR?
As crianças com até cinco anos devem ser vacinadas com a BCG. A vacina protege contra formas graves da doença: a tuberculose miliar e a meníngea. Outra recomendação é manter ambientes bem ventilados e com entrada de luz solar.
Se você teve contato com alguém que tem ou teve tuberculose, procure uma Unidade de Saúde para se informar e investigar a doença. O diagnóstico precoce previne e ajuda no combate à transmissão da tuberculose.
TRANSMISSÃO
A tuberculose é transmitida de uma pessoa para a outra pelo ar. Em situações comuns, como ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis contendo a bactéria.
Vale lembrar que compartilhar roupas, copos, talheres e outros objetos não transmite a tuberculose.
Esse mesmo hospital falhou com o tratamento do meu pai em 2005 fizeram tratamento de pineumunia e quando levei pra formosa go é que descobriram que se tratava de doença de chaga foi levado para Planaltina DF com infarte não resistiu e faleceu ouve falta de capacidade sim dia a quem doer
ResponderExcluirQuem conheceu meu pai Alírio Bispo de Freitas sabe dessa história e sabe o quanto ele sofreu até o dia da sua morte por falta de capacidade médica o medméddo coração em Planaltina DF relatou que ele deveria estar com marcapasso a muito tempo e um tal de dr Luciano que era o médico dele fez o tratamento de pineumunia
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