Os carros eram alugados das locadoras de vários estados brasileiros, mas nunca foram devolvidos. Com a ajuda dos servidores do Detran, eles alteravam das informações dos veículos que eram vendidos posteriormente as vítimas e até financiados.
Nas cidades goianas, Formosa e Planaltina, dois funcionários do Departamento de Trânsito (Detran) foram presos acusados de inserção de dados falsos em sistema de informação, falsificação de documentos, participação em organização criminosa e estelionato.
Durante as investigações, que duraram cerca de um ano, foi constatado a existência de uma organização criminosa muito bem estruturada que se destinava à prática de fraudes documentais de veículos, segundo informou a PC.
Vanderlei Moreira de Sales, da cidade de Planaltina (GO) 54 anos de idade, e Getúlio Augusto Canedo em Formosa, 62 anos, eram participantes de uma quadrilha formada por 14 estelionatários que alugavam carros em outros estados do País e os vendiam com novos documentos para vítimas em Planaltina (DF). Destes, 12 tiveram prisão preventiva decretada.
As investigações apontam que o grupo era comandado por quatro criminosos, sendo que três deles foram presos e um está foragido.
De acordo com a PC, o trio, Thiago Rodrigues, 34 anos, Claudemir Menezes, 39, e Marcio Rezende, 32, possuem várias passagens pela polícia por estelionato, tráfico de drogas e de armas de fogo.
O delegado-chefe da 16ª Delegacia de Polícia, Edson Medina, disse que os cabeças da quadrilha enviavam um criminoso para cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba para alugar o carro que nunca chegava a ser devolvido.
Foram cumpridos 12 Mandados de Prisão Preventiva e 14 de Busca e Apreensão, sendo indiciados 14 indivíduos.
O esquema
Os integrantes da Organização Criminosa, fazendo uso de documentos falsos, locavam veículos em vários Estados da Federação, em seguida, por meio fraudulento e sem a apresentação de qualquer documentação, um núcleo da Organização formado por dois servidores do Detran-GO e uma despachante realizavam a transferência do veículo para o Estado do Goiás.
Dando continuidade ao procedimento fraudulento, realizavam mais uma transferência do veículo, dessa vez para o DF e para o nome de um integrante da Organização, e por fim, para finalmente aferirem o valor indevido, realizam a venda do veículo para um terceiro de boa-fé ou o financiavam utilizando cotas contempladas de consórcios em nome de laranjas conhecedores da fraude.
Com a ajuda da despachante Sebastiana Rodrigues Neta, 41 anos, eles realizava transferências em Planaltina de Goiás sem a apresentação de qualquer documentação. “Esse modo de operação chamou atenção porque tem a presença de um agente público. Essa é uma forma simples e eficaz de praticar delitos contra o patrimônio e a operação foi exitosa pela colaboração desse servidor”, disse o delegado Edson Medina.
Medina explica que a organização foi descoberta por conta de uma investigação policial anterior que envolvia os indivíduos, mas que está sob sigilo. “Essa investigação de agora começou há mais de seis meses e faz parte de um todo muito maior”, afirma.
Após observarem várias mudanças de veículos utilizados pelos investigados, a polícia identificou os criminosos, que foram indiciados por participação em organização criminosa, estelionato, falsificação de documentos e falsidade ideológica. “Cada carro leva a um conjunto de crimes, então todas essas infrações foram repetidas, no mínimo, 11 vezes. Como são muitos, eles podem pegar até 30 anos de prisão”, calcula Medina
A operação batizada de “Rent a Car”, apreendeu 11 carros, três motos, duas armas com munições, R$ 50 mil em espécie e R$ 4 milhões em cheques.
De acordo com o delegado, foram identificados 12 carros, um ainda será apreendido. Pelo menos 24 pessoas foram vítimas do grupo criminoso, sendo a locadora dos veículos e a pessoa física que comprou ao final do processo criminoso.
“Nós tivemos casos de uma vítima que fez uma permuta com um imóvel e agora perdeu os dois”, conta Edson Medina
Os carros apreendidos serão devolvidos as locadoras.
Com informações do Jornal de Brasília
(Foto: Polícia Civil / Divulgação)
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu mandados de prisão e apreensão em Formosa e Planaltina, cidades goianas no Entorno do DF e Planaltina (DF) nesta terça-feira (18) na operação batizada “Rent a Car”.(Publicidade) |
Durante as investigações, que duraram cerca de um ano, foi constatado a existência de uma organização criminosa muito bem estruturada que se destinava à prática de fraudes documentais de veículos, segundo informou a PC.
Vanderlei Moreira de Sales, da cidade de Planaltina (GO) 54 anos de idade, e Getúlio Augusto Canedo em Formosa, 62 anos, eram participantes de uma quadrilha formada por 14 estelionatários que alugavam carros em outros estados do País e os vendiam com novos documentos para vítimas em Planaltina (DF). Destes, 12 tiveram prisão preventiva decretada.
(Foto: Raianne Cordeiro / Jornal de Brasília) |
As investigações apontam que o grupo era comandado por quatro criminosos, sendo que três deles foram presos e um está foragido.
De acordo com a PC, o trio, Thiago Rodrigues, 34 anos, Claudemir Menezes, 39, e Marcio Rezende, 32, possuem várias passagens pela polícia por estelionato, tráfico de drogas e de armas de fogo.
O delegado-chefe da 16ª Delegacia de Polícia, Edson Medina, disse que os cabeças da quadrilha enviavam um criminoso para cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba para alugar o carro que nunca chegava a ser devolvido.
Foram cumpridos 12 Mandados de Prisão Preventiva e 14 de Busca e Apreensão, sendo indiciados 14 indivíduos.
O esquema
Os integrantes da Organização Criminosa, fazendo uso de documentos falsos, locavam veículos em vários Estados da Federação, em seguida, por meio fraudulento e sem a apresentação de qualquer documentação, um núcleo da Organização formado por dois servidores do Detran-GO e uma despachante realizavam a transferência do veículo para o Estado do Goiás.
Dando continuidade ao procedimento fraudulento, realizavam mais uma transferência do veículo, dessa vez para o DF e para o nome de um integrante da Organização, e por fim, para finalmente aferirem o valor indevido, realizam a venda do veículo para um terceiro de boa-fé ou o financiavam utilizando cotas contempladas de consórcios em nome de laranjas conhecedores da fraude.
Com a ajuda da despachante Sebastiana Rodrigues Neta, 41 anos, eles realizava transferências em Planaltina de Goiás sem a apresentação de qualquer documentação. “Esse modo de operação chamou atenção porque tem a presença de um agente público. Essa é uma forma simples e eficaz de praticar delitos contra o patrimônio e a operação foi exitosa pela colaboração desse servidor”, disse o delegado Edson Medina.
Medina explica que a organização foi descoberta por conta de uma investigação policial anterior que envolvia os indivíduos, mas que está sob sigilo. “Essa investigação de agora começou há mais de seis meses e faz parte de um todo muito maior”, afirma.
Após observarem várias mudanças de veículos utilizados pelos investigados, a polícia identificou os criminosos, que foram indiciados por participação em organização criminosa, estelionato, falsificação de documentos e falsidade ideológica. “Cada carro leva a um conjunto de crimes, então todas essas infrações foram repetidas, no mínimo, 11 vezes. Como são muitos, eles podem pegar até 30 anos de prisão”, calcula Medina
A operação batizada de “Rent a Car”, apreendeu 11 carros, três motos, duas armas com munições, R$ 50 mil em espécie e R$ 4 milhões em cheques.
De acordo com o delegado, foram identificados 12 carros, um ainda será apreendido. Pelo menos 24 pessoas foram vítimas do grupo criminoso, sendo a locadora dos veículos e a pessoa física que comprou ao final do processo criminoso.
“Nós tivemos casos de uma vítima que fez uma permuta com um imóvel e agora perdeu os dois”, conta Edson Medina
Os carros apreendidos serão devolvidos as locadoras.
Com informações do Jornal de Brasília
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