CABECEIRAS | Médico é suspeito de fraudar cartão de vacina do ex-presidente Bolsonaro

CABECEIRAS | Médico é suspeito de fraudar cartão de vacina do ex-presidente Bolsonaro

 

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (3) uma operação que apura um suposto esquema de fraude em dados de vacinação envolvendo ajudantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os envolvidos está o médico Farley Vinícius de Alcântara que atuou na saúde do município de Cabeceiras. O médico é suspeito de ter fraudado o cartão de vacina ainda quando prestava serviços para a Secretaria Municipal de Saúde. Os cartões que teriam sido fraudados são da Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Médico atuou entre 2018 e 2021 em Cabeceiras
Conforme a PF, o sargento Luiz Marcos dos Reis, que era subordinado ao tenente-coronel Mauro Cid no Palácio do Planalto, acionou o sobrinho Farley Vinícius de Alcântara, para operar a fraude. O profissional de saúde apontado como responsável por fornecer um documento assinado e carimbado por ele atestando que a mulher de Cid, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, se imunizou contra a Covid-19.

Um documento mostrou ainda que o sargento Luiz Marcos dos Reis teria enviado o PDF “Cartão arquivo de vacinação” para Mauro Cid, às 19h11 de 21 de novembro de 2021. O PDF informa que Gabriela teria sido vacinada com duas doses contra a Covid-19 do laboratório Biotech (Pfizer), em 17 de agosto e em 9 de novembro daquele mesmo ano, nas unidades básicas de saúde de Cabeceiras.

Com os documentos, houve a tentativa de registrar as informações no Sistema Único de Saúde, por meio de computadores ligados à Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, para que elas pudessem ser consideradas oficiais. Como o lote de vacinas informado havia sido enviado para Goiás, o sistema rejeitou os dados. Foi necessário então que se conseguisse outro número de lotes do Rio para que o registro fosse confirmado.

Nota conjunta, prefeitura e Secretaria Municipal de Saúde dizem que o médico Farley Vinicius prestou serviços no município entre 2018 e 2021 como plantonista, atuando em alguns finais de semana e feriados. Destaca ainda que o profissional não tem vínculo com as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que segundo a nota, são responsáveis pelas vacinas que são aplicadas na população, inclusive da Covid-19.


O prefeito Tuta disse que vai abrir um processo administrativo para apurar a conduta do médico.

"A equipe jurídica está abrindo um processo administrativo contra o profissional para apurar a situação e saber de que forma foi extraído esse cartão de vacina", disse o prefeito.

A Secretaria Municipal de Saúde ressaltou que nenhum membro da família presidencial ou seus assessores foram vacinados no município.

A equipe de saúde acredita que o médico tenha se aproveitado do acesso à sala de vacinação do hospital municipal, quando dava plantão, para se apropriar ilegalmente do material que seria usado na falsificação dos cartões.

A reportagem não conseguiu contato com o médico e deixa o espaço em aberto para esclarecimentos.

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