Casos de dengue devem aumentar em Goiás no mês de dezembro, diz Saúde

Casos de dengue devem aumentar em Goiás no mês de dezembro, diz Saúde

Mosquito da Dengue

Os casos de dengue devem aumentar a partir de dezembro, com o pico da doença previsto entre janeiro e abril de 2025, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). O período chuvoso, que favorece a formação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, é apontado como um dos principais fatores para esse aumento.

A SES-GO destaca que 2024 registrou um recorde de casos da doença, e reforça a necessidade de a população permanecer em alerta no próximo ano.

Na segunda-feira (18), o governador Ronaldo Caiado participou do evento Conecta Prefeitos, realizado na Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego), onde enfatizou a importância do engajamento dos gestores municipais no combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. 

Com a chegada das chuvas, o governador ressaltou a necessidade de esforços redobrados, tanto pelas administrações que encerram seus mandatos em dezembro, quanto pelas que assumem em janeiro de 2025, para eliminar focos do mosquito.

Governador Ronaldo Caiado com prefeitos
Foto: Divulgação / Governo de Goiás


Em Goiás, a vacina contra a dengue está disponível para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, conforme as recomendações do Ministério da Saúde, que prioriza o público de 10 a 14 anos. Até agora, foram aplicadas 180.388 doses no estado: 136.524 da primeira dose e 43.864 da segunda. Entretanto, mais de 79 mil crianças e adolescentes ainda não retornaram para a segunda dose, o que representa 64,43% desse público.

No início de 2024, municípios goianos da região do Entorno de Brasília enfrentaram uma grave epidemia de dengue, especialmente em Águas Lindas. Para evitar uma nova crise, o governo implementou diversas medidas estratégicas. Desde maio, a SES-GO retomou a supervisão mensal das ações de controle de vetores em todos os 246 municípios do estado. Essa iniciativa inclui visitas domiciliares para identificar e eliminar criadouros do Aedes aegypti, prática interrompida durante a pandemia de Covid-19.

As equipes de endemias municipais foram mobilizadas para capacitações presenciais sobre controle ambiental e químico de vetores, mesmo durante a campanha eleitoral. Além disso, a SES adquiriu peças para manutenção de bombas costais e equipamentos de fumacê (UBV veicular), assegurando sua funcionalidade para ações de bloqueio químico em áreas com aumento de casos. Materiais também foram disponibilizados para o projeto de armadilhas de oviposição (ovitrampas) nos municípios.

O governo estadual ainda firmou parceria com as prefeituras da região do Entorno para ações conjuntas de combate à dengue, em evento promovido pelo Ministério da Saúde que reuniu equipes de controle de vetores e lançou uma campanha publicitária. 

O pior ano para a dengue

O ano de 2024 foi o pior da história para a dengue em Goiás, com 420.165 casos notificados, 308.607 confirmados e 408 mortes registradas até novembro. Em 2023, foram 123.424 notificações, 70.865 casos confirmados e 58 óbitos. A comparação entre os períodos revela um aumento de 284% nas notificações e mais de 600% no número de mortes. Os dados de 2024 ainda são preliminares, pois 53 mortes suspeitas de dengue aguardam análise do Comitê Estadual de Investigação de Óbitos Suspeitos por Arboviroses.

Como combater os criadouros do mosquito

A melhor forma de prevenir a dengue, chikungunya e zika é eliminar os locais onde o mosquito Aedes aegypti pode depositar seus ovos. Confira algumas orientações práticas:


  • Tampe os recipientes de água: Mantenha caixas d’água, tonéis e barris bem fechados.

  • Evite água parada: Elimine qualquer objeto que possa acumular água, como pneus, garrafas, tampas de refrigerante e pratos de plantas.

  • Limpe calhas e ralos: Remova folhas e sujeiras que possam impedir o escoamento da água.

  • Descarte corretamente o lixo: Coloque garrafas plásticas e outros objetos no lixo reciclável, em locais protegidos da chuva.

  • Cuide de piscinas e fontes: Mantenha a água tratada com cloro e cobertas quando não estiverem em uso.

  • Atenção aos vasos de plantas: Substitua a água dos pratos por areia, para evitar o acúmulo de líquidos.

  • Verifique áreas externas: Inspecione semanalmente quintais, jardins e terrenos baldios para eliminar criadouros.

Além disso, a população deve denunciar possíveis focos de criadouros em terrenos abandonados às autoridades de saúde locais, contribuindo para ações mais eficazes no combate ao mosquito.


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